Desde que assumiu o mandato em 1º de janeiro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas disse que a educação pública não é sua prioridade. Para confirmar o que disse, escolheu para secretário de Educação, o empresário Renato Feder, que apresentou resultados desastrosos à frente da Secretaria Estadual de Educação do Paraná.
Recentemente, Tarcísio anunciou o envio à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) de um projeto de lei para reduzir em 5% o orçamento destinado à educação pública no estado mais rico da nação. O orçamento da Secretaria de Educação estadual é de 30%, que já é pouco para a demanda, e o governador quer reduzir para 25%, índice mínimo determinado pela Constituição Federal.
Para piorar, um levantamento feito pela Apeoesp, denuncia o fechamento de salas de aula pela atual gestão. Com o argumento falacioso de diminuição de procura pela educação pública e para justificar o corte de verbas, o governador fecha classes e com isso aumenta o número de salas superlotadas em todos os níveis de ensino.
Nem sobre a questão da violência nas escolas, ele dá uma resposta razoável e prefere falar em policiais armados dentro das escolas, mesmo com estudos comprovados de que isso não impede os ataques e não resolve nada.
Para comprovar que Tarcísio é inimigo da educação pública e da população que mais precisa de políticas de apoio, ele vetou o projeto de lei, aprovado na Alesp, que prevê a distribuição gratuita de absorventes íntimos nas escolas, no sistema prisional e para mulheres que moram na rua e em situação de extrema pobreza. Cabe à Alesp derrubar o veto.
O projeto suprapartidário Menstruação Sem Tabu pretende acabar com esse vergonhoso problema de saúde pública, pelo qual, meninas faltam da escola por falta de absorvente íntimo e lenço umedecido para a necessária higiene.
Governar o estado de São Paulo não é para qualquer um. Tarcísio parece ter caído aqui de paraquedas e não sabe o que fazer. O que sabe bem é defender propostas para transformar São Paulo em terra arrasada, sem educação, sem saúde, sem cultura, sem trabalho decente, sem dignidade.