Artigo - Central dá voz aos trabalhadores e trabalhadoras

A Força Sindical comemora 33 anos em março de 2024. São trinta e três anos de protagonismo no movimento sindical, pautado pela defesa intransigente e ampliação dos direitos dos trabalhadores. Vale ressaltar que as comemorações do nascimento da Força acontecem na mesma data do Dia Internacional das Mulheres.

Nos dias 8, 9 e 10 de março de 1991, 1.793 delegados sindicais, representando 783 sindicatos e federações, mais 74 representantes internacionais, reuniram-se em Congresso no Memorial da América Latina, em São Paulo. Hoje, somos a segunda central sindical do Brasil, contabilizando cerca duas mil entidades sindicais em todo o Brasil.

A Força Sindical nasceu com o propósito de construção de um novo Brasil. A Central nasceu pluralista, suprapartidária, democrática.

É importante resgatar a trajetória de luta em defesa da classe trabalhadora, superando obstáculos e avançando na construção de um sindicalismo combativo, democrático e defensor de direitos e conquistas.

Trinta e três anos é um importante momento na luta e reivindicações por melhores condições de trabalho. E dessas lutas lembramos muitas vitórias nestas três décadas: pagamento e correção do FGTS; conquista de aumento para os aposentados; acordo de aumento do salário mínimo; Centro de Solidariedade ao Trabalhador; derrubada no Congresso da nefasta Emenda 3; valorização do servidor público; vitoriosas marchas à Brasília; luta contra a desindustrialização; correção da tabela do Imposto de Renda; Dia do Trabalhador em diversas cidades no País, que reúne milhões de pessoas, igualdade salarial entre homens e mulheres, entre outras.

A equiparação salarial entre homens e mulheres, luta árdua das centrais, que atualmente foi instituída pelo governo Lula, foi resultado da luta das mulheres sindicalistas. Só haverá plena cidadania quando houver a equiparação de direitos entre homens e mulheres. É nessa direção que os 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil também é celebrado. Uma conquista muito difícil como tantas outras alcançadas ao longo de décadas. As mulheres têm lutado cada vez mais para ocupar e participar de cargos e funções com poder de decisão em todos os setores da sociedade.

Entendemos que um dos pilares da democracia é o diálogo e o debate. E o movimento sindical é um instrumento de fortalecimento da democracia e das vozes a este importante setor da sociedade. Destacamos também a iniciativa das centrais sindicais, de fortalecer a luta por meio de uma atuação unitária, instrumento que só fortalece a luta da classe trabalhadora.

Enfim, nestes 33 anos defendemos o crescimento econômico com distribuição de renda, a valorização do trabalho, o desenvolvimento sustentável e a modernização da organização sindical. Nossa tarefa continua a constante busca de uma sociedade mais justa, com empregos, renda, moradia e educação de qualidade para todos.

E, neste momento de reflexão, reconhecemos os desafios e sabemos da necessidade de construção de um caminho que reorganize e fortaleça a luta sindical. Estamos atualmente, por exemplo, na luta constante pelo fortalecimento das negociações coletivas e modernização do modelo sindical.

Nesse sentido, os trabalhadores entendem que é possível pensar um novo Brasil com um projeto de desenvolvimento econômico e social que busca a melhoria da qualidade de vida, com redução das desigualdades e distribuição de renda, e que seja economica e ambientalmente sustentável nas diferentes regiões do país.

Força, trabalhadores! A Luta Faz a Lei!


Miguel Torres
presidente interino da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos)

 

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