Olá, como vai?!

Chegamos à metade de 2020, ainda atormentados pela Covid-19, mas alimentando a esperança de que o pior já esteja passando. Você sofreu, todos sofreram. Nossos sentimentos a quem perdeu um ente querido. Nossa solidariedade a quem foi obrigado a permanecer isolado, a quem enfrentou e ainda enfrenta pesadas perdas econômicas. Nossa mensagem de esperança a todos os que tiveram sonhos desfeitos - às crianças sem escola, aos milhões de desempregados, ao dirigente sindical, ao empresário em dificuldades, ao governante, ao idoso recluso. Nossa gratidão eterna a quem cuidou e cuida dos doentes e um viva a quem teve e superou a doença. Como ao final de uma guerra, precisamos renascer e reconstruir nossas vidas, a vida de nossas famílias, de nossos sindicatos, de nossas empresas, pelo bem de nosso querido Brasil.

É com esse espírito que preparamos para você esta edição da Mundo Sindical. Nossa reportagem de capa traz entrevista com o líder sindical Sergio Luiz Leite, o Serginho, presidente da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo). Ele compara o sindicalismo a um avião lotado que caiu na selva. Os dirigentes sobreviveram, mas não encontram apoio nem caminhos seguros para a liberdade e reconstrução do movimento. Adverte que “o resgate poderá vir somente em janeiro de 2022”. Serginho defende ajustes das estruturas administrativas sindicais e aproximação com as bases, além de maior participação política nas eleições municipais. E lamenta a “sindicatofobia” nas medidas adotadas pelo governo contra a Covid-19.

Nosso segundo entrevistado especial é Fausto Augusto Junior, diretor técnico do DIEESE. Ele vê um período de mudanças nos sindicatos, que precisam abrir espaço à nova geração, “deixá-la florescer, inovar, errar e aprender”.

Temos para você três artigos exclusivos - do procurador do Trabalho Alberto Emiliano de Oliveira Neto, em defesa da liberdade sindical”; do técnico do DIEESE Clemente Ganz Lúcio, com 8 recomendações a dirigentes sindicais diante da Covid-19 e suas consequências; e de Antônio Rogério Magri (ex-ministro) e José Raimundo de Oliveira (historiador) sobre o mundo que queremos no pós-coronavírus.

Na seção “Sindicatos no Espelho”, preparamos para você reportagens sobre três sindicatos. Na primeira, destacamos o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, presidido por Ricardo Patah, também presidente da central UGT. Com 30 mil associados, carrega como marca a união, o diálogo e o “acolhimento”. “Atendemos a todos os trabalhadores, especialmente os informais, os desempregados e também quem nunca tenha se sindicalizado”, diz Patah; na segunda, temos o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras nas Indústrias de Instrumentos Musicais e de Brinquedos no Estado de São Paulo, com 2.520 associados. É presidido por Maria Auxiliadora dos Santos, reconhecida como batalhadora incansável. Sua luta é pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no chão das fábricas; na terceira, destacamos a categoria dos entregadores, muitos autônomos e muitos reunidos no Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo, presidido por Gilberto Almeida dos Santos, o Gil. O intenso trabalho de idas e vindas durante a Covid-19, para entregar suprimentos às pessoas isoladas, mesmo enfrentando riscos à saúde e insegurança no trânsito, fez aumentar o respeito e a simpatia pelos entregadores.

Por fim, não deixe de ler nossas duas páginas do Giro Sindical. Boa Leitura.

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Beijos,

Sandra Campos
Editoral da Revista e Portal Mundo Sindical
Celular 11-948-137-799