Os bancários do Rio de Janeiro vão aderir à greve geral do dia 28 de abril e participar ativamente das manifestações programadas pelas Centrais Sindicais. A adesão ao movimento grevista foi definida em assembleia realizada na noite desta quarta-feira(19).
A categoria avalia que a greve é decisiva para evitar a implementação das reformas trabalhista e da previdência que estão avançando no Congresso e que vão atingir a todos os trabalhadores brasileiros com perda de direitos duramente conquistados e retrocesso sem igual na história.
A expectativa é que a mobilização dos bancários seja ainda maior do que na última paralisação, no dia 15 de março, quando foram fechadas 60 agências na capital. “A mobilização vem crescendo e com ela a consciência de que não só os trabalhadores de hoje, mas as futuras gerações serão profundamente prejudicadas. Somente a reforma trabalhista altera 117 artigos da CLT atingindo as principais garantias para o trabalhador. A reforma da Previdência praticamente acaba com o direito à aposentadoria e é feita sob encomenda dos grandes grupos de previdência privada. Os bancários e bancárias entendem que as reformas e a terceirização serão devastadoras para a nossa categoria”, avalia Adriana Nalesso.
Em apenas um ano de governo Temer, a categoria vem sendo afetada diretamente com medidas que incluem o ataque aos bancos públicos, fechamento de agências da Caixa e do Banco do Brasil, demissões em consequência da terceirização indiscriminada. Os banqueiros recebem benefícios absurdos. É o caso do Itaú que foi contemplado com o perdão de dívida de R$ 25 bilhões sonegados em impostos.
Ao aprovar a adesão à greve, bancários se unem a outras categorias como professores e petroleiros. E o dia 28 será de luta nas ruas, com atos e manifestações durante todo o dia. Para organizar a greve, um calendário está programado e inclui plenária da Caixa, nesta quinta-feira, mobilização de terceirizados e assembleia de organização no dia 26 de abril.
No dia da greve, uma creche será organizada pelos sindicatos para garantir que pais e mães possam se unir ao protesto defendendo não só o seu futuro, mas também de seus filhos.