Notícia - Trabalhadores em Refeições Coletivas do Distrito Federal estão em campanha salarial

 presidente do Sindicato das Refeições Coletivas de Brasília, João Moisés de Morais, fala sobre a nova fase do movimento sindical.

Força Sindical
 – Quando a sua categoria tem data-base e quando começam os preparativos para a campanha salarial? Quantos trabalhadores têm na sua base?
João Moisés Morais – A categoria de Refeições Coletivas de Brasília e Goiás tem como data-base o dia 1º de janeiro. Começamos a campanha salarial em setembro do ano anterior e vamos até a data-base. Temos, em média, 7.600 trabalhadores.

 Força Sindical – Ocorreram muitas mudanças no mundo do trabalho com a aprovação da terceirização e com a nova lei trabalhista. Estes fatos novos devem prejudicar a luta por reajuste salarial digno?
João Moisés – Sim, uma vez que a reforma tende a enfraquecer as entidades sindicais ceifando diversos direitos  dos trabalhadores, eles querem limitar o acesso dos trabalhadores ao Sindicato e às informações sobre os seus direitos.
 
Força Sindical – Sua categoria é uma das mais terceirizadas. Pode nos contar como é ser trabalhador terceirizado neste País.
 João Moisés – Dentro da categoria de refeições coletivas,  o trabalhador terceirizado é uma categoria frágil e diferenciada das demais, que necessita de uma participação maior e muita união nas reivindicações salariais para o crescimento e o fortalecimento salarial.

Força Sindical – Seus direitos são garantidos ou retirados?  
João Moisés – Com a nova reforma, os direitos dos trabalhadores foram retirados de forma abrupta. O legislador em momento algum pensou no bem-estar do trabalhador, que não é autossuficiente, rasgando direitos conquistados após anos de luta. Um grande exemplo da tentativa de lesar o direito do trabalhador é acabar com a relação trabalhador/sindicato, é desobrigar a homologação  da rescisão contratual junto ao sindicato representativo, uma vez que, em  muitos casos, o trabalhador não possui o conhecimento específico das verbas rescisórias pagas, podendo ser lesado por faltar um profissional capacitado para fiscalizar e garantir seus direitos. O sindicato participa ativamente fiscalizando e assegurando que, tanto o tomador como o prestador de serviços, estejam garantidos de que todos os direitos dos trabalhadores estejam sendo respeitados

Força Sindical – Como será daqui para a frente, na sua opinião?
João Moisés – Tendo em vista todas essas mudanças advindas da terceirização e da reforma trabalhista, onde está claro que muitos direitos que visavam proteger o trabalhador foram aniquilados de forma absurda, vai ser necessário que os trabalhadores se unam com sua entidade sindical para que,  juntos, possamos nos fortalecer e conseguir em negociação coletiva lutar por melhores condições de trabalho e garantir direitos.  Não tem sido fácil o embate entre empregados e empregadores, e com estas reformas as dificuldades tendem a aumentar. Contudo, nós, como sindicato, estamos dispostos a continuar lutando junto com o trabalhador. Portando, continuo  acreditando que, juntos, somos mais fortes!


Fonte:  Assessoria de Imprensa da Força Sindical - 20/10/2017


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