A reforma trabalhista ainda não havia entrado em vigor e a população mineira já protestava contra o retrocesso que vira com a nova legislação. e repudiar a proposta de reforma previdenciária, que tramita no Congresso e pretende modificar as regras de acesso à aposentadoria.
Respondendo ao chamado das centrais sindicais e do movimento social, centenas de pessoas compareceram à Praça Sete, no dia 10 de novembro, e repercutiram, na Capital, os protestos que marcaram o Dia Nacional de Mobilização, promovido simultaneamente em todo o País.
Os atos também criticaram a terceirização sem limites, aprovada pela Câmara dos Deputados, em março, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. A nova lei admite a “Quarteirização”, que autoriza as empresas a subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho.
REFORMA TRABALHISTA REVIVE ESCRAVIDÃO
Desde cedo, ativistas ocupavam as imediações da Praça Sete, distribuindo folhetos e exibindo faixas contrárias à retirada de direitos sociais. Em diferentes pontos da região metropolitana, assim como em todo o estado, a população expressou a indiganação com as reformas impopulares.
Vandeir Messias, presidente da Força Minas, lembrou que o momento é próprio para propor alternativas de luta e de sobrevivência da organização sindical. Para ele, “é preciso resistir mais e lamentar menos”.
Além de reduzir conquistas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e enfraquecer o movimento sindical, a reforma dificulta a reivindicação dos direitos na Justiça.
“Com mão de obra barata, sindicatos enfraquecidos e a Justiça do trabalho fora da briga, os escravistas ainda falam em modernizar as relações de trabalho no Brasil, mentindo que vão acabar com o desemprego e fazer a economia crescer”, denunciou Messias, que defende a reestruturação do sindicalismo brasileiro.