Notícia - LUTO - Metalúrgicos da Fame prestam homenagem à vereadora Marielle e ao motorista Anderson em protesto contra a violência

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fez nesta segunda, 19, às 7h, uma assembleia com os trabalhadores da Fame, no Belenzinho, zona leste de São Paulo. Foi uma assembleia em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) e ao motorista Anderson Gomes, brutalmente assassinados no Rio de Janeiro, e também um protesto da categoria contra a violência, as injustiças sociais e os ataques aos direitos da classe trabalhadora.

A assembleia na Fame, em conjunto com a Força Sindical, reuniu cerca de dois mil trabalhadores, que receberam uma fita preta, que colocaram no peito, em sinal de luto, fizeram um minuto de silêncio, depois saíram em passeata pelo viaduto Guadalajara, gritando frases como “Marielle, presente!”, “democracia, sim, Violência, não”, “direitos, sim, reformas, não”.

Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM, e vice-presidente da Força Sindical, disse que Marielle lutava em defesa das comunidades pobres. “O que fizeram foi uma execução. Vamos lembrar também de Chico Mendes, que defendia os povos da Amazônia, de Santo Dias e Manoel Fiel Filhos, mortos pela ditadura, e tantos outros. Não podemos nos calar, não podemos nos omitir, temos que enfrentar. Estão chegando as eleições, que podem corrigir os desmandos que estão acontecendo. Temos que escolher bem os deputados, senadores, governadores, presidente da República. Estamos passando por um processo de retirada de direitos e afronta à liberdade. Todos querem um País mais justo, que olhe para o futuro, para nossas crianças e distribua renda”, afirmou.

O diretor José Luiz e sua equipe mobilizaram os trabalhadores para a manifestação, que contou com a participação de João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, Eduardo Annunciato, o Chicão, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, e o secretário-geral do Sindicato, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, entre outros diretores e diretoras e respectivas equipes.

Juruna disse que todos foram atingidos por aquelas balas. “É preciso mobilização e enfrentamento para parar a repressão e o assassinato dos que lutam pelo povo”.

Para a diretora Maria Euzilene Nogueira, a Leninha, o que aconteceu com Marielle foi uma brutalidade. “O que ela quer de nós não é luto, é luta! Nós, mulheres, estamos lutando”.

Chicão disse que tentaram calar a vereadora. “O tiro foi certeiro, mas erraram na estratégia. A voz dela está sendo ouvida mais do que antes”.


Fonte:  Assessoria de Imprensa da CNTM - 19/03/2018


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