Notícia - Cadê os empregos que a reforma trabalhista geraria?

Já passaram seis meses desde da sanção da Lei 13.467, conhecida como reforma trabalhista, e a promessa de que ela geraria mais empregos não se concretizou até o momento. Os resultados do desemprego não diminuíram, mas aumentaram, em março eram 13,1% da população procurando um emprego, que equivale a 13,7 milhões de pessoas.

O presidente da Federação dos Químicos (Fequimfar), Sergio Luiz Leite, Serginho, falou, em texto publicado no site da entidade sobre esse assunto ao mencionar o que o presidente Michel Temer fala e que não condiz com a realidade vivida pelos trabalhadores.

“Entretanto, para o presidente Michel Temer, o crescimento da taxa de desemprego não passa de uma “sensação” causada pelo “aquecimento da economia”. Apresentando uma completa falta de conhecimento e descaso para com os trabalhadores brasileiros, Temer resolve distorcer a metodologia de cálculo do IBGE para sustentar seu discurso desinformador, propondo que o aumento na procura por emprego significa uma retomada do crescimento econômico e não um aumento do desemprego”, disse Serginho.

Não é de hoje que o desemprego tem aumentado. Isso ocorre desde 2014, quando o Brasil tinha 4,3% de desempregados, pelo IBGE-PME, mas o IBGE mostra atualmente números mais assustadores para a população.

Dados apresentados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a taxa de subutilização da força de trabalho do primeiro trimestre ficou em 24,7%, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. São 27,7 milhões de brasileiros nessa situação.

São trabalhadores que estão desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas) e os que fazem parte da força de trabalho potencial (não estão procurando emprego por motivos diversos).

Essa é a realidade apresentada no atual momento e a reforma trabalhista está aí sem fazer o que o governo disse que faria, só piorou. Trabalhadores na informalidade só aumenta e isso prejudica a economia, pois o rendimento é menor.

Serginho comenta no seu texto que a precarização do trabalho é evidente tem piorado.

“A precarização se mostra evidente com o crescimento da informalidade, em que o rendimento médio dos trabalhadores sem carteira é 40,6% menor que o dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado. As diferenças salariais entre homens e mulheres, entre brancos e negros e entre admitidos e desligados, com crescimento da rotatividade, se aprofundaram no período recente. O chamado desemprego de longo prazo também se agravou, tendo em vista que no último trimestre de 2017 o percentual de desempregados há mais de um ano somava 40,9% dos desocupados. Infelizmente os resultados negativos não se encerram por aqui”, escreveu o presidente da Fequimfar.

E nesse cenário, o movimento sindical, mesmo que a reforma tente enfraquecer, não será derrubado e lutará para melhorar a vida do trabalhador brasileiro e a reforma trabalhista não disse para que veio, melhor, disse sim. Acabar com os direitos dos trabalhadores e tentar enfraquecer o movimento sindical.


Fonte:  Redação Mundo Sindical - 17/05/2018


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