Notícia - Vânia Marques Pinto é a primeira mulher a ser eleita para a Secretaria-Geral da Fetag-BA

A secretária de Políticas Sociais, Esporte e Lazer da CTB, Vânia Marques Pinto, de apenas 33 anos, foi eleita para a Secretaria-Geral da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado da Bahia (Fetag-BA).

“São novos desafios que se apresentam para termos paridade de gênero no movimento sindical ainda falta muito”, diz Vânia, que acumula também a Secretaria de Mulheres no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Iraquara, na Bahia, seu estado natal.

Ela explica ainda que a Fetag-BA avança no sentido de diminuir as diferenças ao implantar a paridade de gênero na direção da entidade no 9º Congresso Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Bahia, nos dias 19 e 20, na capital Salvador.

O Congresso contou com mais da metade de trabalhadoras rurais, também pela primeira vez. Mesmo com esse avanço, ela afirma que “o preconceito continua, de uma maneira geral, no movimento sindical”, mas “a organização e luta das mulheres consegue avanços e na nossa federação garantimos o debate sobre a importância da paridade, já que defendemos a igualdade de direitos”.

Celina Arêas, secretária da da Mulher Trabalhadora da CTB, parabeniza Vânia e defende a importância de todas as entidades sindicais caminharem no sentido da paridade. "Já passa da hora de termos mais mulheres no movimento sindical também para avançarmos nas pautas pelos direitos iguais em todos os sentidos", reforça.

Vânia é graduada em Pedagogia da Terra, pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, conta com duas especializações e um mestrado em Educação do Campo. Ela se diz apaixonada pelo tema e aprofunda os conhecimentos sobre a reforma agrária.

Mesmo reconhecendo avanços no debate sobre a questão de gênero nos sindicatos, ela reclama que ainda “uma mulher precisa trabalhar muito mais que um homem no movimento sindical para provar que tem capacidade política e de ação”.

Além do mais, garante, “ser jovem, mulher e negra é um grande desafio numa sociedade tão machista e racista como a brasileira”. Afirma também que “uma mulher é analisada desde a forma como se veste até como e o que fala”.


Fonte:  Marcos Aurélio Ruy - Portal CTB - 22/06/2018


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