Notícia - Metalúrgicos vão à luta por reajuste de 16,97% e nenhum direito a menos

Começou a Campanha Salarial 2018. Este ano, os metalúrgicos vão à luta por reajuste de 16,97% e, principalmente, pela garantia dos direitos. A pauta de reivindicações foi aprovada em Assembleia Geral neste sábado (14), na subsede do Sindicato nas Chácaras Reunidas. O próximo passo é a realização de assembleias nas fábricas para referendar a votação. 

O reajuste equivale a 14,09% de aumento real mais reposição da inflação, estimada em 2,52% pelo INPC (período de setembro de 2017 a agosto de 2018). Também vamos lutar pelo piso salarial do Dieese, de R$ 3.804. Este é o valor mínimo que cada trabalhador deveria receber para conseguir sustentar sua família.

Mas não é apenas de aumento salarial que os metalúrgicos precisam. Com a reforma trabalhista, os empresários estão com a faca e o queijo na mão para retirar direitos. Por isso, a categoria vai ter que colocar força total na luta pela garantia da renovação das Convenções e Acordos Coletivos.

Também vamos reivindicar a unificação de direitos para as mulheres metalúrgicas de todos os setores. É preciso que as trabalhadoras de fábricas de autopeças, por exemplo, tenham os mesmos direitos conquistados pelas companheiras do setor de eletroeletrônicos.

A pauta inclui licença-maternidade de 180 dias para todas as metalúrgicas, auxílio-creche de 25% do piso salarial para cada filho até 4 anos, garantia de emprego até 12 meses após o parto, entre outros direitos.

Sustentação financeira

Na assembleia, os metalúrgicos também discutiram sobre a sustentação financeira do Sindicato e aprovaram a contribuição assistencial. Os recursos arrecadados junto à categoria são fundamentais para manter a estrutura sindical, já que aqui não entra dinheiro de patrão nem de governo.

“O Sindicato é a casa do trabalhador. A contribuição assistencial é usada para financiar toda a nossa estrutura voltada para a defesa dos direitos dos metalúrgicos. Patrões e governos querem acabar com os sindicatos, portanto é decisivo que os próprios metalúrgicos sejam responsáveis pela sustentação financeira da entidade e de suas lutas”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida. 

Luta unificada

Mais uma vez, a Campanha Salarial é unificada entre os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos. Juntos, esses sindicatos representam 160 mil trabalhadores.


Fonte:  Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos - 20/07/2018


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