Notícia - Plenária da UGT-PARANÁ debate o futuro do mundo do trabalho

A UGT-PARANÁ realizou sua última Plenária Estadual de 2018, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), dia 3 de dezembro, com a presença de dirigentes sindicais de todo o estado. Na pauta da plenária, temas relevantes aos rumos do movimento sindical e do mundo do trabalho, e as ações da UGT para 2019. Na abertura do encontro foi feita uma homenagem especial, conduzida pelo presidente da central, Paulo Rossi ao sindicalista, e dirigente ugetista, Éder Pimenta, falecido no sábado, 30 de novembro, em Londrina. “O mundo do trabalho deixa de contar com um bravo lutador, aguerrido sindicalista e líder político, e um ser humano de coração imensurável”, disse Rossi ao pedir um minuto de silêncio em memória do companheiro Éder.

Os dirigentes sindicais fizeram uma avaliação sobre as atividades da UGT-PARANÁ durante o ano de 2018 e as perspectivas do  movimento sindical para 2019,aprovando por unanimidade a realização do Congresso Estadual da UGT-PARANÁ, dia 22 de fevereiro na cidade de Londrina. Durante a plenária, os sindicalistas tomaram conhecimento da notícia da extinção do Ministério do Trabalho, na estrutura de governo do  presidente eleito, Jair Bolsonaro. “Um governo que extingue uma pasta da relevância do Trabalho para a implementação de políticas públicas de emprego, mantendo uma pasta de Governo somente para atender aos militares, demonstra que não tem nenhum apreço pelos trabalhadores”, disparou o vice-presidente, Joel Martins Ribeiro.


Um novo sindicalismo


Com a reforma trabalhista, que completou um ano em 11 novembro,  nada mudou na geração de empregos e renda para os trabalhadores. Essa foi a avaliação geral dos dirigentes sindicais. Ao contrário do que o governo divulga, está havendo uma maquiagem do desemprego e  uma maior precarização dos postos de trabalho. “Apenas em uma rede nacional de departamentos,  cerca de 5.000 comerciários estão em regime intermitente, trabalhando apenas nos finais de semana. Isso representa próximo de 30% de todo quadro de comerciários da empresa”, denunciou Leocides Fornazza, presidente da Fecep – Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Paraná e 1º vice-presidente da UGT-Paraná.

Na avaliação do presidente da Fesmepar – Federação dos Servidores Públicos do Paraná, Luiz Carlos Silva Oliveira, “temos de encontrar, em comum acordo com o Ministério Público do Trabalho, soluções cabíveis para a manutenção do custeio sindical, tanto para os sindicatos de servidores públicos, quanto para os da iniciativa privada, e principalmente combater as práticas antissindicais”.

Para o presidente da Feaconspar - Federação dos Trabalhadores em Asseio e Conservação do Estado do Paraná, Manassés Oliveira, o movimento sindical vai ter de se readequar, se reinventar se quiser sobrevir às investidas  dos setores patronais que estão contra os trabalhadores. “Nesse um ano de reforma trabalhista, temos um País com mais de 12 milhões de desempregados e quase 40  milhões de trabalhadores sem carteira assinada que ganham menos de um salário mínimo. E nesse papel imprescindível dos sindicatos na defesa dos trabalhadores, teremos de contar com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da classe trabalhadora”, disse Manassés.

A secretária-Geral da UGT-PARANÁ Iara Freire, e o assessor jurídico do Siemaco-Curitiba, Álvaro Eiji NaKashima, apresentaram o relatório da participação da central no Fórum Estadual pela Liberdade Sindical, criado pelo Ministério Público do Trabalho em conjunto com as centrais sindicais. “Esse espaço de debates aproxima e esclarece o MPT sobre as tantas relações trabalhistas, vistas pelo viés do movimento sindical”, disse Nakashima. “E a descentralização dos debates e audiências públicas, levam às cidades do interior paranaense a visão do MPT em contraponto com as tantas realidades dos trabalhadores em nosso Estado”, disse Iara.

O presidente da Regional Oeste da UGT-PARANÁ, Antônio Vieira dos Santos, o Toninho,  falou ainda sobre a importância do movimento sindical participar ativamente das conferências municipais e estadual da Saúde: “esse é um espaço onde são discutidos e indicadas as políticas públicas da saúde nas cidades e no estado, e o movimento sindical, representando a sociedade organizada tem de participar ativamente dessas conferências”, disse Toninho.

Ao encerrar a plenária, Paulo Rossi apresentou o estudo da UGT sobre a reforma da Previdência, a qual defende um regime único para os setores privado e público. Na avaliação dele, “inevitavelmente teremos mais essa reforma;  cabe às centrais sindicais e seus filiados lutarem para minimizar os efeitos nefastos que essas mudanças acarretarão na vida dos trabalhadores, mas a UGT-Paraná defende que tal regime (único) seja somente para quem ingressar no mercado de trabalho a partir da sua aprovação pelo Congresso Nacional”, destacou Rossi.


Fonte:  UGT - 10/12/2018


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