A Greve Nacional da Educação, que acontece nesta quarta-feira (15), será um dia de luta não apenas de professores e estudantes. Será um dia de todos os trabalhadores protestarem contra os cortes na educação promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em São José dos Campos, haverá um ato na Praça Afonso Pena, a partir das 9h, que está sendo convocado por professores, estudantes, metalúrgicos, químicos, petroleiros, trabalhadores dos Correios e da alimentação, servidores municipais, condutores e aposentados.
Estão na organização o Fórum de Lutas Vale do Paraíba e a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Em São Paulo, haverá um ato na Avenida Paulista, em frente o Masp, a partir das 16h. A Apeoesp vai disponibilizar transporte para o local.
A redução nas verbas para a educação chega a R$ 7,3 bilhões e atingirá universidades federais, creches, escolas, ensino técnico, bolsas de pesquisa e até transporte escolar. O governo reduziu em 30% as chamadas verbas discricionárias para essas instituições, o que significa menos dinheiro até para pagar contas de água e luz.
As pesquisas, amplamente incentivadas em outros países, também estão na lista de cortes de Bolsonaro. O governo já suspendeu o financiamento de 3.474 bolsas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado). Segundo a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a medida pode impedir a retomada do crescimento do país.
"Esses cortes que atingem o pior orçamento da década para esses setores consolidam um projeto de governo que fere de morte o ensino superior, a pós-graduação e a ciência nacional, enterrando qualquer possibilidade de retomada do desenvolvimento brasileiro e de futuro", afirmou a ANPG em nota oficial.
Para a educação básica, deixarão de ser enviados R$ 680 milhões. Nas instituições de ensino técnico e profissionalizante, foram bloqueados 40% dos repasses programados, chegando a R$ 99 milhões. O mesmo ocorreu com o programa de alfabetização de jovens e adultos, que deixará de receber R$ 14 milhões.
“O Brasil é um país que precisa de mais investimentos em educação, e o governo Bolsonaro vai justamente no sentido contrário. Crianças, jovens e todo o país estarão com seus futuros comprometidos em razão dessas medidas. Por isso, é preciso que toda a população apoie a Greve Nacional da Educação”, afirma o secretário-geral do Sindicato e membro da CSP-Conlutas, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.