Notícia - Desigualdade de renda no Brasil bate recorde

A crise econômica que se arrasta nos últimos anos aprofundou ainda mais a desigualdade de renda no Brasil. Em pesquisa divulgada na terça-feira (21), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a diferença de renda entre pobres e ricos atingiu o maior índice da série histórica iniciada em 2012.

Para o cálculo, o estudo usou o índice de Gini. O método calcula a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numa escala de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. O índice do Brasil ficou em 0,6257 em março. Há um ano, o índice era de 6188.

O desemprego, a economia fraca e o encarecimento do custo de vida levaram ao aumento da pobreza no pais. Estima-se que mais de 23 milhões de pessoas estejam vivendo com ganhos inferiores a R$ 232 por mês. Nos últimos 4 anos, 6,3 milhões de brasileiros entraram na linha da pobreza. Esse número é superior ao da população do Paraguai.

A pesquisa também apontou que nos últimos sete anos a renda acumulada dos mais ricos aumentou cerca de 8,5%, enquanto a dos pobres despencou 14%.

“Este é o resultado de consecutivos governos que vêm atendendo apenas os interesses dos ricos. O aprofundamento da desigualdade é um mal que tem de ser combatido na luta contra a exploração dos trabalhadores. Nesse governo a tendência é que a desigualdade aumente ainda mais com os constantes ataques à classe trabalhadora”, afirma a diretora do Sindicato Aline Bernardo dos Santos.


Fonte:  sindicato dos metalúrgicos - 23/05/2019


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