Hoje é dia de Greve Geral e foram registradas paralisações em vários pontos de São José dos Campos e em toda a região. Seis fábricas metalúrgicas amanheceram paradas e outras cinco registraram paralisações pela manhã. Um ato unificado acontece às 11h, na Praça Afonso Pena, em São José.
O protesto é contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que, se aprovada, condenará milhões de trabalhadores a não se aposentarem. A Greve Geral também é contra o desemprego e os cortes na educação.
Pela manhã, a paralisação foi intensa no transporte público, já que nenhum ônibus saiu das garagens. As empresas de ônibus recuaram após o Sindicato dos Condutores conseguir uma liminar, no TRT da 15ª Região, de Campinas, que garante o direito à greve.
Em seu despacho, o desembargador fixou multa de R$ 1 milhão para cada ato antissindical que as empresas cometerem, como, por exemplo, “valer-se de qualquer força opressiva, inclusive policial, para reprimir ou inviabilizar atos pacíficos e falas dos trabalhadores em greve”.
Por conta disso, as empresas de ônibus não forçaram a saída dos ônibus. No entanto, algumas empresas, como a Breda, passaram a manhã com grande contingente de guardas municipais e policiais militares. No entanto, nenhum incidente foi registrado.
Um acordo entre empresas e manifestantes liberou 30% da frota dos ônibus, que começaram a sair das garagens por volta das 8h30.
Fábricas
Além disso, várias fábricas metalúrgicas também amanheceram paradas, como a Caoa Chery, Ericsson, Blue Tech, Sun Tech, Deca e Armco, que liberaram os trabalhadores. Também registraram paralisações a Elgin, Hitachi e Prolind.
Na GM, também houve protesto e os trabalhadores atrasaram o início da produção por cerca de 3 horas.
As paralisações foram conduzidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
Também aderiram à Greve Geral trabalhadores de outras categorias, como os petroleiros da Revap (Refinaria Henrique Lage), que aprovaram a paralisação no turno das 23h de ontem e às 7h dessa sexta-feira.
No setor químico, pararam seis empresas: Plastic Omnium, em Taubaté, Basf, Tarkett e Produquímica, em Jacareí, e TI Brasil e Johnson, em São José.
No ramo da alimentação, trabalhadores da Heineken, em Jacareí, foram liberados. Em São José, a agência do INSS amanheceu de portas fechadas. Os professores também estão fazendo paralisações parciais.