A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, na noite dessa quarta-feira (10), o texto principal da reforma da Previdência. Foram 379 votos a favor e 131 contra. Eram necessários pelo menos 308 votos para aprovação.
O texto ainda pode ser modificado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, marcou para esta quinta-feira a votação de destaques (propostas de mudanças) a serem apresentados pelos deputados.
Com a votação dos destaques concluída, o projeto segue para votação em segundo turno – o que pode acontecer ainda esta semana, antes de ir para o Senado.
A aprovação da reforma da Previdência é um severo ataque aos direitos dos trabalhadores. Com falsos discursos em defesa do Brasil, os deputados que votaram a favor condenaram milhares de brasileiros a trabalharem até morrer.
Entre os deputados que votaram a favor está o ex-prefeito de São José dos Campos Eduardo Cury (PSDB). Confira aqui como votou cada deputado e lembre-se disso na próxima eleição.
“Esses deputados traíram os trabalhadores ao dar seu voto a favor da reforma. Se a PEC for consumada em segundo turno e pelo Senado, o direito à aposentadoria será definitivamente sepultado. Mas não vamos jogar a toalha. Esta sexta-feira será mais um dia de luta contra a reforma. Vamos às ruas dizer não a esse crime que está prestes a ser cometido contra os trabalhadores”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Dia de luta
A sexta-feira será um dia nacional da luta contra a reforma da Previdência. Haverá manifestações pelo país, com a realização de assembleias, coleta de abaixo-assinado contra a reforma e protestos nos estados.
Em São José dos Campos, haverá assembleias em fábricas e um ato, às 10h, na Praça Afonso Pena.
Compra de votos
Para afagar deputados e garantir a aprovação da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) lá liberou mais de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. Com isso, Bolsonaro usa da velha prática do “toma lá dá cá” que tanto criticou durante sua campanha eleitoral.