Estudantes, professores e trabalhadores de diferentes categorias organizam o Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Educação na próxima terça-feira (13). Estão previstos atos em todos os estados do Brasil.
Em São Paulo, ações contrárias ao endurecimento das regras para concessão de benefícios previdenciários e o desmonte da educação pública ocorrerão na capital e em cidades do litoral e interior.
Os movimentos irão às ruas pressionar contra a reforma da Previdência que foi aprovada no último dia 7, por maioria na Câmara federal. Com as atuais regras, se o texto for aprovado pelo Senado, os trabalhadores não conseguirão se aposentar com dignidade depois de uma vida inteira de trabalho.
Outra crítica é direcionada ao Ministério da Educação (MEC), que bloqueou R$ 348,4 milhões do orçamento para a educação básica, valor que se referia à produção, aquisição e distribuição de materiais didáticos e pedagógicos e de livros, como apontam os dados mapeados a partir do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), do governo federal, pela ONG Contas Abertas.
Presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo rechaça as medidas do governo contra a educação básica e lembra que os cortes não param por aí. “Para piorar, universidades e institutos federais estão entre os mais afetados. Vamos pressionar de todas as formas para derrotar o desmonte na educação e a reforma da Previdência porque o governo Bolsonaro quer acabar com o nosso país”, afirma.
No mesmo sentido, a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual (PT) Maria Izabel Noronha, a Bebel, afirma que não será possível sobreviver no Brasil diante da política do atual governo. “Estão acabando com tudo. O país não precisa de reforma da Previdência, precisa de emprego, de direitos e de condições dignas ao povo brasileiro, seja na educação, na saúde ou outras áreas”, diz.
Para ela, os governos de Jair Bolsonaro (PSL) e de João Doria (PSDB) elegeram a educação como a principal frente de ataque. “Sabemos que é através da educação, seja ela formal ou informal, que as pessoas se conscientizam, ao contrário do que eles tentam dizer, que a educação só serve para manipular”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), João Marcos de Lima, todas as medidas do atual governo, citadas por Izzo e por Bebel, explicam porque pesquisas recentes mostram que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro tem caído a cada dia.
“São inúmeros os ataques de um ‘desgoverno’ que põe em risco os recursos da educação e da saúde públicas, o direito dos povos indígenas, negros, mulheres e da população LGBTI+. Ele está acabando com todas as políticas públicas conquistadas e que passaram a atuar nos governos de Lula e de Dilma Rousseff”, avalia.
Neste sentido, o secretário de Assuntos Municipais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Cleiton Gomes, também secretário-geral do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), defende a unidade dos movimentos. "Só com muita luta unificada é que conseguiremos reverter os desmontes deste governo. É hora de unificar as forças na construção deste que é o terceiro tsunami de 2019”, conclui.
Confira alguns atos pelo estado de São Paulo:
Capital
15h: Concentração no Masp, na Avenida Paulista e caminhada até a Praça da República,
Araçatuba
10h: Rua Marechal Deodoro, Calçadão , 32, no centro
Bauru
16h: Avenida Rodrigues Alves, em frente à Câmara Municipal
Campinas
9h: Ato no Largo do Rosário
17h: Ato no Largo do Rosário
Itapeva
15h: Praça Anchieta
Osasco
9h: Estação da CPTM de Osasco
Penápolis
11h: Avenida Luís Osório, altura do número 600, no centro
São Carlos
10h: Ato na Praça Coronel Salles
São José dos Campos 17h: Praça Afonso Pena
Santos
18h: Avenida Ana Costa, 340, em frente à Estação da Cidadania
Santo André
15h: Estação da CPTM de Santo André Prefeito Celso Daniel
Sorocaba
9h: Praça Coronel Fernando Prestes
Taubaté
17h: Praça Santa Terezinha