O Sindicato dos Motoristas da Cidade de São Paulo saiu vitorioso da Convenção Coletiva que manteve as cláusulas de proteção ao trabalhador e também outras conquistas, mas aí quando na segunda-feira (12) para assinar a convenção com os representantes patronais, esses não quiseram assinar.
O motivo alegado pelos patrões foi que não têm condições de pagar o PLR este ano e querendo pagar somente em março de 2020.
Valmir Santana da Paz, o Sorriso, presidente em exercício do sindicato, disse que a Prefeitura e os patrões querem jogar no ombro do trabalhador as consequências da crise do sistema de transporte público da capital paulista. Quem cavou esse rombo no setor não fomos nós, trabalhadores. Eles estão enganados se pensam que a corda vai arrebentar do lado mais fraco”.
Hoje (13), o sindicato realizou reunião para definir os próximos passos que devem ser tomados diante desse descaso dos patrões.
Na reunião descartaram realizarem greve nessa semana. O sindicato terá um encontro com o prefeito Bruno Covas. O secretário-geral da Sindmotoristas, Francisco Xavier da Silva Filho, o Chiquinho em resposta ao site Diário do Transporte disse o seguinte:
“Na semana que vem, possivelmente, está pré-agendada uma reunião com o prefeito Bruno Covas para que o sindicato profissional possa discutir com o setor empresarial e poder público a evolução da transformação de um novo modelo de transporte. O que não podemos aceitar é que simplesmente a prefeitura dê baixa nos ônibus da cidade, prejudicando a população, tirando os ônibus de circulação, tirando o instrumento do trabalhador, que é o ônibus, deixando ocioso dentro da garagem. O sindicato começa a ficar preocupado sobre onde as empresas colocarão estes trabalhadores”.
Mesmo com a reunião com o prefeito, o sindicato não descarta uma possível paralisação. Isso dependerá muito do resultado das conversas com a prefeitura.
O presidente licenciado do Sindmotoristas e deputado federal, Valdevan Noventa, falou que a categoria dará uma resposta à altura aos empresários de ônibus. “Não está descartada uma eventual paralisação”, declarou Noventa.