Notícia - Contraproposta patronal não atende reivindicações de aeroviários

Na 3ª rodada de negociação da Campanha Salarial dos Aeroviários 2019, as empresas aéreas apresentaram uma contraproposta que não atende as reivindicações dos representantes dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC)

A proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) é de  reposição salarial de acordo com o Índice Nacional de Preço do Consumidor (INPC), sem aumento real de salário – os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras querem ganho real de 2%. Os patrões também desejam incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) banco de horas de 12 meses e férias fracionadas em três partes. Detalhe, seria prerrogativa da empresa a escolha dos períodos de descanso dos trabalhadores.

A proposta apresentada pela LATAM, que se reuniu com os sindicalistas separadamente, é ainda pior. Além do banco de horas, a companhia aérea oferece zero de reajuste salarial.

Para os sindicalistas, o objetivo das empresas aéreas é postergar a Campanha Salarial para conseguir, assim, flexibilizar os direitos da categoria. Em resposta, entidades sindicais vão se organizar em mobilizações nas suas bases, para verificar o posicionamento dos profissionais da aviação civil.

De acordo com Luiz Pará, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), mais do que nunca aeroviários e aeroviárias precisam se unir. “Nossa luta hoje não é apenas para garantir aumento salarial, entre outras melhorias na CCT. Nossa luta é para manter direitos historicamente conquistados”, declara.

A quarta rodada de negociação está agendada para 12 de novembro. Na ocasião, sindicalistas vão dar resposta às empresas sobre a proposta apresentada no último encontro, realizado na terça-feira (5).

Confira as principais reivindicações da categoria:

Reajuste salarial: INPC do período, mais 2% de ganho real;

Aumento de 6% nas demais cláusulas econômicas;

Mudança na redação da CCT no item de horas extras, com a retirada de ambiguidade no texto que fala sobre compensação;

Inclusão de responsabilização da empresa por itens obrigatórios da apresentação pessoal, como é o caso do kit maquiagem. A exigência da companhia faz parte do uniforme e sindicalistas acreditam que empregadores devem arcar com esse custo;

Folga agrupada mensal;

Acomodação individual para cursos oferecidos pela empresa;

Esclarecimento do sentido de força maior na mudança de escalas;

Aumento do número de dirigentes nas bases sindicais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.


Fonte:  Redação CUT - 08/11/2019


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