Notícia - Greve dos municipais continua em São Paulo; nesta terça-feira (12) tem protesto

Nesta segunda-feira, os trabalhadores municipais de São Paulo farão uma reunião, às 16h, para debater os próximos passos da categoria que hoje está em greve. Na terça-feira (12) haverá um ato seguido de assembleia, às 14h, no Viaduto do Chá, em frente  à administração municipal. Os servidores decidirão se continuam a paralisação. 

A greve da categoria teve início em 5 de novembro. Cruzam os braços trabalhadores que atuam no serviço funerário, em área de administração dos hospitais municipais e em setores de secretarias e subprefeituras.

Os agentes de apoio, envolvendo os Assistentes de Gestão de Políticas Públicas (AGPPs) e os Assistentes de Suporte Técnico (ASTs) realizam protestos há meses reivindicando reajuste salarial digno. 

Confira, abaixo, as reivindicações dos trabalhadores explicadas pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep): 

Sobre o abono: O abono foi uma conquista da greve de fevereiro/março deste ano. A lei votada estava paralisada na Câmara dos Vereadores por ação de um vereador da base de apoio do governo municipal. E só agora foi desbloqueada na Justiça. Os servidores ainda não receberam nada deste abono, pois ele não foi pago. Além disso o abono não será estendido aos aposentados, que não irão receber nada.

A Prefeitura esconde que apenas os servidores municipais do nível básico e médio na ativa vão receber o abono de emergência. O projeto exclui todos os trabalhadores municipais aposentados que seguem sem nenhuma recuperação salarial, perdendo mais de 39% de sua renda desde o último reajuste em 2013.

Sem verdadeiros reajustes salariais: Servidores de nível básico e médio são os que recebem os menores salários de toda a Prefeitura. Os reajustes salariais foram 0,01% ano, após ano. Recebem R$755,00 de piso inicial o nível básico e R$ 920,00 de piso inicial o nível médio.

Proposta da Prefeitura excluí maioria: O valor de R$ 100 milhões apresentado pela Prefeitura equivale a menos de 0,2% de aumento na folha atual de pagamento. A proposta da Prefeitura deixa de fora 70% dos servidores que ficaram sem valorização. Ou seja, a ampla maioria vai ficar sem nenhum reajuste ou valorização em seus salários. Além disso, a proposta da Prefeitura não valoriza a evolução na formação dos servidores e a experiência de trabalho nos postos que ocupamos.

Durante dois anos o Sindsep e as entidades buscaram negociar uma valorização. O governo não cedeu absolutamente nada.

Os trabalhadores apresentaram uma proposta que pede o incremento de 0,7% no orçamento para a valorização, que garantiria a recuperação salarial dos servidores.

A greve foi a última alternativa diante da enrolação da Prefeitura: Os trabalhadores do serviço público municipal da cidade de São Paulo se orgulham de servir a população. Lutam todos os dias com a falta de condições de trabalho, com a falta de servidores pela recusa da Prefeitura em chamar os concursados aprovados. É necessário recompor o quadro de pessoal dos serviços públicos da cidade de São Paulo.


Fonte:  cut - 14/11/2019


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