Notícia - Após fim da greve, petroleiros da Recap voltam ao trabalho sob aplausos

Após a assembleia na noite dessa quinta-feira (20) na sede da regional de Mauá do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro SP) decidir pela suspensão temporária da greve, os trabalhadores da Refinaria Capuava (Recap) retomaram as atividades nesta manhã (21).

O primeiro turno a voltar foi recebido com aplausos e se dirigiu para uma reunião no auditório da empresa com representantes do setor de recursos humanos (RH) e da gerência geral da companhia antes de assumir o posto.

O retorno às atividades, porém, enfrentou resistência da direção da Petrobrás. Por volta das 6h, houve um bloqueio de acesso pelos seguranças da refinaria orientados a permitir o ingresso apenas daqueles que já estavam trabalhando e a impedir a entrada do sindicato e do turno formado por 35 petroleiros e 25 trabalhadores do administrativo.

Diante da resistência, o Sindipetro promoveu o bloqueio dos veículos da entrada principal até que um representante do RH protocolou a carta da entidade informando o retorno às atividades e permitiu o acesso de todos.

Já na portaria, os dirigentes apontaram novamente a importância da mobilização da categoria para a conquista do canal de negociação com a Petrobrás com o objetivo de impedir a demissão dos mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e, consequentemente, de respeitar o acordo coletivo que prevê a negociação com o sindicato antes de qualquer dispensa.

Da mesma forma que fez na assembleia na noite anterior, o diretor do sindicato Auzelio Alves ressaltou que a suspensão da greve não é o fim, mas uma trégua para buscar o caminho negociado. “Nós suspendemos a greve para que o processo negocial entre sindicato, empresa e o poder Judiciário busque somar esforços para que possamos receber aquilo que pleiteamos e para que não seja necessário um novo movimento paredista”, reforçou.

Segurança – Ele apontou ainda que há nenhum problema de desabastecimento – uma preocupação da categoria foi não afetar a população – e orientou os trabalhadores a estarem atentos às condições de segurança dos equipamentos.

“No momento, nossa principal preocupação é com a segurança, porque o chamado grupo de contingência da empresa é formado por pessoas que não tem o hábito do contato diário com os equipamentos que nós da operação temos. Muitas vezes, só de ouvirmos o ruído da máquina já detectamos se há alguma falha.”

A respeito de possíveis perseguições ou retaliações a grevistas, o dirigente foi enfático. “Acredito que não haverá qualquer problema por conta da greve, porque a empresa sabe da nossa capacidade de mobilização e que o sindicato irá intervir em caso de qualquer qualquer prejuízo aos nossos companheiros e companheiras que lutaram conosco”, alertou Auzelio.


Fonte:  Luiz Carvalho - Sindipetro-SP - 21/02/2020


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