O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (29), que não há nada a festejar no Dia do Trabalhador, celebrado na sexta-feira (1º). Para Paim, a sociedade ainda sente as dores da reforma trabalhista e da reforma da Previdência, as quais classificou como cruéis.
— As reformas fragilizaram a situação de milhões de trabalhadores, aposentados e jovens, desconstruindo avanços sociais que foram alcançados ao longo de nossa vida em duras penas. E o pior é que não geraram um emprego sequer, conforme eles argumentavam. Os pobres ficaram mais pobres e a concentração de renda aumentou.
O senador celebrou o arquivamento da MP do Contrato Verde e Amarelo (MP 905/2019), a qual chamou de "legalização do trabalho escravo". Ele também disse estar atento à MP 927/2020 e à MP 936/2020, medidas que flexibilizam as regras trabalhistas. Para Paim, esse é o momento de inclusão social e equilíbrio nas relações de trabalho.
Paim também parabenizou os mais de 4 mil empresários participantes do movimento "Não Demita”, que se comprometeram a preservar mais de 2 milhões de empregos. Segundo ele, especialistas afirmam que o Brasil pode chegar a mais de 20 milhões de desempregados sem esse apoio. O senador ressaltou que a comunidade negra e os povos indígenas seriam os mais afetados, pois são mais vulneráveis.
Para Paim, os problemas do Brasil só serão resolvidos a partir da unidade e das forças progressistas, populares e humanitárias.
— Temos que pensar na taxação das grandes fortunas, na flexibilização da Emenda 95 [de 2016], para investir principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e na geração de emprego e renda. O que importa é a saúde, a felicidade das pessoas.