A proposta custaria ao FAT cerca de R$ 16,1 bilhões até o fim do ano para atender a cerca de 6 milhões de trabalhadores, segundo estimativa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em nota técnica, a pedido da bancada dos trabalhadores no fundo conselho. A próxima reunião do Codefat está prevista para meados de julho.
Ainda segundo o Valor , o representante da Força Sindical no Codefat, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, explicou que a ideia é que as duas parcelas adicionais do seguro desemprego sejam pagas para os trabalhadores demitidos entre 20 de março e 31 de dezembro.
Por meio de nota, o Codefat informou que o assunto está em discussão para se avaliar, por exemplo, a abrangência geográfica e setorial para se dimensionar a proposta, a capacidade financeira e orçamentária de suportar a despesa extraordinária,sua compatibilidade com a variação da demanda por pagamentos do seguro-desemprego pela dinâmica do mercado de trabalho, além de aspectos jurídicos que fundamentem uma medida do tipo.
Na avaliação de Serginho, mesmo com a perspectiva da equipe econômica de retomada gradual da economia no segundo semestre, a taxa de desemprego deve subir com o fim da estabilidade do emprego concedido pelas empresas que foram atendidas pela suspensão por dois meses de contratos de trabalho e redução de salário e jornada de trabalho por três meses.
Ele lembrou que os pedidos de seguro-desemprego na primeira quinzena de junho já registraram uma redução em relação à segunda quinzena de maio. No entanto, conforme Serginho, a extensão do seguro desemprego seria importante porque os trabalhadores demitidos vão demorar mais tempo para encontrar um novo emprego.