Notícia - CUT-PE e entidades sindicais e estudantis assinam manifesto em defesa da liberdade

Diversas entidades sindicais, entre elas a CUT-PE,  e estudantis assinaram manifesto em Defesa da Vida, da Democracia e Liberdade de sindical e de expressão, e em repúdio aos ataques do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que sistematicamente vem acionando a Lei de Segurança Nacional para intimidar a oposição.

Em nota, as entidades relatam os recentes ataques que vêm sofrendo, especialmente a perseguição e censura a docentes universitários, como o que ocorreu com a professora Erika Suruagy, vice-presidente da ADUFERPE. Leia a íntegra do manifesto.  

O plano de ataques contra os serviços e os servidores públicos e contra o povo segue caminhando a passos largos. Somos os alvos principais de um governo que age insidiosamente para culpar os servidores pela crise econômica e incitar a população contra nós. A política de cortes orçamentários e desmantelamento dos serviços públicos se expande e fortalece através da iminente reforma administrativa que destruirá direitos trabalhistas e deixará desassistidos milhares de brasileiros.

Como mecanismo para o fortalecimento desse modelo de neoliberalismo, temos acompanhado, com indignação, o uso de instrumentos intimidatórios e ilegais contra todos aqueles que ousam criticar o governo federal e seus representantes.

Recentemente, a professora Erika Suruagy, vice-presidente da ADUFERPE, foi convocada a depor na Polícia Federal, em inquérito criminal aberto a pedido do presidente Jair Messias Bolsonaro, para apurar a colocação de outdoors, no final de 2020, com os dizeres “O senhor da morte chefiando o país. No Brasil, mais de 120 mil mortes por COVID-19. #ForaBolsonaro”.

Ainda em resposta aos ataques brutais e degradantes do Bolsonaro e de seus seguidores, a UNE realizou uma ação de outdoors e teve o mesmo vandalizado. Esse ataque demonstra a intolerância e o desrespeito à liberdade de expressão do povo brasileiro.

Trata-se de um brutal ataque à mais elementar liberdade de expressão e à liberdade de organização sindical garantidas constitucionalmente. É uma tentativa de calar opiniões e intimidar o legítimo e livre exercício da atividade associativa. Por outro lado, no mérito, a crítica ao governo federal externada no outdoor – e que pode facilmente ser estendida a outras esferas de governo – revelou-se desgraçadamente justa: à época eram 120 mil mortes a lamentar, hoje já são mais de 340 mil mortos.

Estamos testemunhando e nos tornando vítimas do crescente aparelhamento de órgãos estatais e do desvio de suas funções, como no estratagema de utilizar a Corregedoria Geral da União ( CGU)para promover a perseguição e censura a docentes universitários.  A ameaça dos órgãos estatais tem, como primeiro propósito, tornar nossos companheiros e companheiras vulneráveis às pressões, fazendo-os temer por sua lucidez e ações de resistência. É preciso reconstruir rapidamente um sentido de coletividade e unidade, fortalecer nossas instituições representativas, nossos sindicatos e caminhar juntos na resistência.

O fato de a professora Erika Suruagy ter sido convocada e de ter que prestar depoimento na Polícia Federal é de inteira responsabilidade de Jair Bolsonaro. Ele está claramente tentando intimidar sindicalistas, cientistas, professores, servidores públicos, artistas, intelectuais e cidadãos que discordam da política do governo. Não conseguirá! A unidade do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, com suas organizações sindicais e populares, vai barrar essas intimidações e ameaças de Bolsonaro. A democracia e o livre direito de opinião serão defendidos por todos e todas.

Não nos calarão! .

Não à criminalização do movimento sindical! .

Não calarão os sindicatos e os movimentos sociais!. Nnão impedirão a livre manifestação!

Vacina para todos pelo SUS!

Auxílio emergencial de no mínimo R$600,00!

Fora Bolsonaro e Mourão!

Assinam o manifesto: ADUFERPE – CUT - ANDES – SN – CTB – CSP – UNE - ADUPE – SINDUNIVASF – FUP – SIMPERE - UEP CÂNDIDO PINTO – Movimento Eu Defendo a  UFRPE - SEEPE – UESPE - Coletivo Representativo das e dos Docentes em Luta (Cordel - UFPB).


Fonte:  Redação CUT - 09/04/2021


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