Desde 2017, quando a lei municipal 16.634, de autoria do vereador Antonio Donato (PT), instituiu 9 de julho como o Dia da Luta Operária, anualmente, representantes do movimento sindical reúnem-se para lembrar de lideranças que dedicaram a vida à classe trabalhadora.

Neste ano, a celebração que ocorreu no Armazém do Campo, espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em São Paulo, escolheu como um dos homenageados o ex-presidente da CUT, João Felício, falecido em 2020.

A data faz referência ao dia da morte do sapateiro José Martinez, assassinado em 1917, durante a primeira greve geral no Brasil.

A militante Ana Dias e o jornalista Sérgio Gomes receberam o Troféu José Martinez. Além de Felício, os familiares de Dirceu Travesso, o Didi, José Ibrahim e Oswaldo Barros, também falecidos, foram lembrados com placas de agradecimento pela dedicação dos dirigentes à luta dos trabalhadores e trabalhadoras.

Em nome da CUT, estiveram presentes o Secretário de Administração e Finanças, Ariovaldo de Camargo, e pelo diretor executivo João Batista Gomes, que entregou a homenagem à companheira de Felício, Léa Francesconi.

História de lutas

João Antônio Felício nasceu em Itapuí (SP) no dia 6 de novembro de 1950, e morreu em 2020. Ele foi um dos fundadores da CUT, entidade que presidiu em 2000.

Formado em Desenho e Plástica, Educação Artística e História da Arte, pela Fundação Educacional de Bauru, Felício começou a lecionar como professor de desenho em São Paulo, na rede oficial de ensino estadual.

Ao longo de mais de 50 anos de militância, ele também foi presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e o primeiro latino-americano a ocupar a presidência da Confederação Sindical Internacional (CSI).