Os servidores públicos federais, de diversas categorias, ocupam Brasília (DF), nesta quarta-feira (17), para a Marcha Nacional Reajuste Zero, não! O ato reúne milhares de trabalhadores/as desde o início da manhã. A CSP-Conlutas e entidades filiadas marcam presença na manifestação.
A concentração teve início na Catedral de Brasília com caminhada até o Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, pasta responsável pela negociação em andamento com o funcionalismo.
Na última reunião da MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente), no dia 10/4, o governo Lula-Alckmin reafirmou que não tem intenção de pagar reajuste aos servidores públicos este ano. Será reajuste zero.
Tudo isso porque as regras do novo arcabouço fiscal são as únicas prioridades do governo, ou seja, o arrocho no Orçamento e nos investimentos públicos para garantir dinheiro para banqueiros e especuladores através do pagamento da Dívida Pública.
Diante de perdas acumuladas, falta de pessoal e sucateamento dos serviços públicos, os servidores desencadearam um forte e importante processo de mobilização.
As greves dos servidores da Educação federal começaram há um mês, com os técnicos administrativos, organizados pela Fasubra. Na sequência, foi a vez da greve dos técnicos e docentes da base do Sinasefe. E nesta segunda-feira (15) foi a vez dos professores e professoras das instituições de ensino superior, da base do ANDES-SN, também deflagrarem greve.
Nesta terça-feira (16), teve audiência pública na Câmara que discutiu as reivindicações dos servidores em greve e o auditório Nereu de Ramos ficou lotado.
Unificar a luta e não cair na armadilha do governo
A CSP-Conlutas está no apoio total às mobilizações e reafirma que o caminho é a luta.
Os trabalhadores e trabalhadoras não podem cair na armadilha que o governo quer impor, ao fazer chantagem com os servidores, condicionando o reajuste de benefícios à aceitação do reajuste zero em 2024, e instalação de mesas específicas, para frear a mobilização e dividir a categoria.
Contra a proposta de reajuste zero, a reforma administrativa e o novo arcabouço fiscal é necessária a construção de uma greve unificada do funcionalismo.