A segunda tentativa de conciliação entre o Sindicato e a Sonaca terminou novamente sem acordo, nesta terça-feira (23). A empresa manteve-se intransigente em nova audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta manhã. Com isso, a greve dos trabalhadores chega ao oitavo dia.

Durante o encontro, o Sindicato manteve as reivindicações dos operários, que lutam por melhorias no convênio médico. Eles exigem a volta do plano de saúde antigo, sem cobrança de coparticipação, estabilidade no emprego e pagamento dos dias parados. A Sonaca fez uma contraproposta rebaixada, que mantinha a coparticipação, não incluía o pagamento de dias parados e oferecia apenas 21 dias de estabilidade. A contraproposta foi rejeitada.

Uma nova audiência de conciliação mediada pelo MPT está marcada para quinta-feira (25), às 10 horas. 

Até lá, o Sindicato orienta os metalúrgicos da fábrica a permanecerem em casa.

“Faremos uma nova assembleia assim que houver o resultado da próxima audiência. Para preservar os trabalhadores, que são constantemente assediados pela chefia na porta da Sonaca, os orientamos a permanecer em casa pelo menos até quinta”, explica o diretor do Sindicato José Eduardo Gabriel, o Bob.

Luta

A paralisação na Sonaca começou no dia 16. Os metalúrgicos lutam por melhorias no plano de saúde, já que a empresa mudou o convênio sem negociação prévia com o Sindicato ou com os operários. Com o novo plano, além de pagar a mensalidade, o trabalhador é obrigado a arcar com taxas de coparticipação em consultas, exames e procedimentos médicos.

“A nossa luta é por saúde e dignidade. Não dá para continuar com esse convênio médico, que só traz prejuízos aos trabalhadores. Sem garantia de emprego e sem mudanças no plano de saúde, a greve continua”, conclui Bob.

A Sonaca faz parte do setor aeronáutico e é parceira da Embraer.