Notícia - Encontro debate redes sindicais internacionais em São Paulo

A CNM/CUT participou nesta quarta-feira (19) e quinta-feira (20) do Encontro de Redes Sindicais de Multinacionais, organizado pela IndustriALL Global Union e pela Fundação Friedrich Ebert (FES). As atividades ocorreram no Hotel Leques, em São Paulo (SP).

O encontro faz parte de um projeto que tem duração de três anos e pretende reforçar a capacidade das entidades filiadas a IndustriALL Global Union de organizar e desenvolver o trabalho das redes sindicais, a fim de representar, proteger e defender os direitos dos trabalhadores nas empresas multinacionais, e que essas redes funcionem de forma eficiente e que sirvam no futuro como exemplos para organizar esse tipo de articulação em outros lugares. [saiba abaixo o que é rede sindical]

“É um projeto importante que dialoga com o grupo de empresas transnacionais do IndustriALL Global Union, que é um grupo encarregado de debater os acordos marco globais e uma estratégia coordenada entre as diferentes plantas dos diferentes grupos filiados a IndustriALL”, explica o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michael Vasconcellos.

O dirigente disse que o encontro serve para compreender melhor os acordos marco globais de relações de trabalho instituídos nas empresas transnacionais do ramo metalúrgico pelo mundo, mostrando que o entendimento precisa ser feito a partir da base, da organização dos trabalhadores dentro das fábricas e das redes sindicais em funcionamento.

“São os trabalhadores que sofrem as agruras do capital no dia a dia e são os trabalhadores que podem propor alternativas organizativas e de luta para a gente combater a visão excludente das transnacionais que, por exemplo, olham para o sul do mundo, onde o Brasil está localizado, e enxergam mão de obra barata, piores condições de trabalho e roubo de recursos naturais”, reforça Maicon.

O que são as redes sindicais

As chamadas redes sindicais são uma espécie de articulação entre trabalhadores de empresas multinacionais e ou transnacionais, que possuem fábricas espalhadas em lugares diferentes do mundo. 

Elas surgiram como alternativa, principalmente na Europa, contra as adversidades que os sindicatos vêm enfrentando desde o final do século XX. Com o processo de internacionalização do capital e o discurso de competitividade, as empresas transnacionais começaram a demitir em massa e atacar os direitos dos trabalhadores, entre outros problemas. 

Em reação a esse processo, o movimento sindical articulou e organizou redes de cooperação para fomentar a solidariedade entre os trabalhadores que sofreram os danos desse processo de ajuste do capital. A ideia é combater juntos todas as formas de injustiça. 

* Com informações da IndustriALL Global Union


Fonte:  Redação CNM/CUT - 21/06/2024


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