A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) destaca 27 de julho, que é uma importante data para a classe trabalhadora: o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho tem justamente o objetivo de reduzir os índices de acidentes, doenças ocupacionais e os custos decorrentes dessas circunstâncias.

Para a FEM-CUT/SP, a representação sindical cumpre um papel fundamental nessa luta, atuando diretamente com a fiscalização dos ambientes de trabalho e incentivando as Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipas) dentro das fábricas.

Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, enfatiza que falar em saúde e segurança no trabalho é falar da trajetória do movimento sindical. “As entidades sindicais sempre estiveram na vanguarda para garantir os direitos da classe trabalhadora. Essa é uma das principais forças que movem o sindicalismo. Todo trabalhador tem o direito de sair da sua casa para ganhar o pão de cada dia e voltar para os braços da sua família em segurança. Isso é um direito básico que lutamos desde sempre e todos os dias para que seja cumprido”.

Erick completa que, além da organização nas fábricas e nos trabalhos com as Cipas, a FEM-CUT/SP cumpre um importante papel de debater e propor políticas públicas nesse sentido.

“Estamos sempre em contato com os governos, em todas as esferas, buscando ampliar e inovação na proteção aos trabalhadores como um todo. É nosso compromisso sempre e tenham certeza de que podem contar com a nossa luta”, finaliza o sindicalista. 

Dados preocupantes

A luta é fundamental principalmente quando se analisa os dados brasileiros. De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, um trabalhador morre a cada três horas no país, que só perde para China, Índia e Indonésia neste ranking.

Somente no Estado de São Paulo foram registrados mais de dois milhões de acidentes nos últimos 10 anos. As cidades paulistas lideram o ranking nacional de acidentes de trabalho.

Nesse sentido, a entidade, junto dos sindicatos filiados sindicatos, cumpre um importante papel na vida dos trabalhadores, como explica Sebastião Santos Rosa, coordenador Coletivo de Saúde e Meio Ambiente da FEM-CUT/SP.

“Junto da Federação, os sindicatos filiados trabalham constantemente para garantir a saúde e a segurança dos metalúrgicos. Temos importantes iniciativas para promover um ambiente de trabalho seguro, livre de acidentes, e com ações que preservem a saúde dos trabalhadores. Isso é de suma importância para a categoria como um todo e também para a classe trabalhadora”.

A Federação também luta para garantir nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) cláusulas que fortaleçam os trabalhos das Cipas e para proteger os trabalhadores acidentados ou que tenham adquirido doenças ocupacionais.

Ferramentas

O secretário-geral da entidade, Max Pinho, destaca que a Rede Vida Viva é um importante instrumento para ações de prevenção aos acidentes de trabalho. A iniciativa reúne sindicalistas do mundo em torno de ferramentas de trabalho que aproximam os trabalhadores de seus sindicatos para reflexões e construções coletivas de ações em defesa da vida, da saúde e da união de classe.

“No nosso 9º Congresso, realizado em 2023, tiramos o encaminhamento de trabalhar junto a Rede Vida Viva e, desse modo, trabalharmos importantes ferramentas junto aos sindicatos filiados para avançar cada vez mais na proteção dos metalúrgicos no local de trabalho. Por isso, estamos cada vez mais unidos e mobilizados para buscar a segurança que nossa categoria merece”, afirma o sindicalista.