Notícia - Em Genebra, presidente da CUT-SP discute transição justa no setor da construção

Entre os dias 23 e 27 de setembro, o presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, participa de reunião técnica organizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a promoção do trabalho decente e a transição justa no setor dos materiais de construção e cimento. O evento ocorre na sede da organização em Genebra, na Suíça.

Ao longo da semana, lideranças sindicais, representantes de governos e empregadores de diversos países irão discutir os desafios e as oportunidades relacionadas ao trabalho na construção civil, especialmente na fabricação do cimento e de toda sua cadeia produtiva.

Pelo mundo, o setor emprega cerca de 55 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, sendo uma grande propulsora da economia. No entanto, impulsionado pela alta demanda global por desenvolvimento e infraestrutura, o setor enfrenta críticas sobre o atual modelo de construção, que tem agredido o meio ambiente e contribuído para acelerar a crise climática com a emissão de dióxido de carbono (CO²).

Nesse sentido, os participantes da reunião vão apontar políticas e medidas práticas que possam contribuir para o fortalecimento do setor, mas com o compromisso socioambiental, garantindo a manutenção dos empregos e a saúde dos trabalhadores envolvidos.

“A CUT defende a transição justa em todo o processo de discussão sobre o clima, que é a mudança para uma economia de baixo carbono, mas sem que a classe trabalhadora seja prejudicada. É possível encontrar um caminho para que as empresas respeitem o meio ambiente ao mesmo tempo em que se ofereçam condições de vida e trabalho dignos”, afirma o presidente da CUT-SP, Raimundo, que está no evento a convite da BWI Global Union.

Além de Raimundo, pelo Brasil também participa Lucimar Oliveira, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Nova Friburgo (RJ).

A aprovação do documento com as recomendações na construção civil e mundo do trabalho será feita de forma tripartite (movimento sindical, governo e empregadores) e, após, seguirá para discussão na demais instâncias da OIT, podendo futuramente se tornar norma internacional.

 


Fonte:  Rafael Silva - CUT São Paulo - 24/09/2024


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