Notícia - Indústria paulista cortou 152,5 mil empregos em 2016

O nível de emprego na indústria paulista registrou queda de 6,58% em 2016, com fechamento de 152,5 mil vagas, informou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp nesta quinta-feira (19).


O resultado de dezembro contribuiu com a retração de postos de trabalho na indústria paulista, com declínio de 1,62% ante novembro, na série sem ajuste sazonal. No último mês de 2016, 35,5 mil vagas foram fechadas, segundo a pesquisa.


O gerente do Depecon, Guilherme Moreira, ressalta que o encerramento de postos de trabalho foi generalizado em 2016, pois ocorreu em 21 dos 22 setores acompanhados pelo levantamento, refletindo a crise econômica. Mas ele vê uma tendência de estabilização em 2017. "O emprego na indústria veio se ajustando à queda da produção. Mas acreditamos que o período agora seja de estabilização, com retomada mais intensa de vagas apenas a partir de 2018", observa Moreira.


Segundo a pesquisa, a indústria carrega no acumulado desde 2011 um saldo negativo de empregos. Ao longo desse período, foram encerradas 609 mil vagas, sendo 518 mil baixas registradas entre 2014 e 2016.


Regiões. A abertura do levantamento mostra que a Grande São Paulo teve recuo de 7,39% no emprego na indústria no ano, enquanto o interior do Estado apresentou declínio de 6,20%.


Na avaliação por diretorias regionais, as variações negativas aconteceram em Cubatão (-33,09%), influenciadas pelo setor de metalurgia (-54,94%) e produtos de metal (-14,93%), Santa Bárbara dOeste (-14,18%), com destaque para setores de produtos alimentícios (-34,89%) e produtos de metal (-30,12%) e Santo André (-13,33%), com influência dos segmentos de produtos alimentícios (-65,26%) e de borracha e plástico (-35,86%).


Em contrapartida, só duas regiões tiveram variação positiva: São Carlos (2,20%), influenciado por produtos de borracha e plástico (66,07%) e produtos diversos (9,63%) e Marília (2,13%), no rastro dos produtos alimentícios (10,82%) e dos de borracha e plástico (6,37%).


Fonte:  Estadão - 20/01/2017


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