Pela primeira vez desde a década de 1990, lideranças metalúrgicas das mais diversas centrais e tendências começaram a se reunir para discutir respostas à crise econômica e política do Brasil, bem como à reforma trabalhista. O segundo encontro entre as forças sindicais da categoria ocorreu nesta sexta-feira (4/8), no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
“Não temos uma reunião dessas desde o governo FHC”, lembrou Marcelino da Rocha, presidente da FITMETAL (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil). Segundo Marcelino, a unidade entre as entidades metalúrgicas é “fundamental” diante do cenário de adversidades.
As entidades presentes definiram uma pauta de ações para o próximo período. Em setembro, haverá um Dia Nacional de Lutas. Na sequência, está prevista uma plenária nacional com lideranças dos metalúrgicos e das demais categorias do setor industrial. Até lá, o foco é nas campanhas salariais que já estão em curso neste segundo semestre.
Por sugestão da FITMETAL, as entidades devem promover um ciclo de debates com o tema “Indústria e Desenvolvimento - Estratégias para Superar a Crise e Construir um Novo Projeto Nacional”. O primeiro debate ocorrerá em 15 de agosto, às 9 horas, no Auditório do Dieese, com a participação do professor e economista Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Além da FITMETAL – que é filiada à CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) –, participam das conversas a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM), a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical (CNTM), a Central Sindical e Popular da Conlutas (CSP), a UGT, a Intersindical, entre outras entidades.