Notícia - Agentes de saúde param serviços na Prefeitura de Aracaju

Os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 6, e fizeram uma manifestação na porta do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, sede da Prefeitura de Aracaju. De acordo com levantamento do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias (Sacema), a adesão ao movimento está em torno de 60%.

Foi uma paralisação de advertência e, como os representantes do movimento foram recebidos pela secretária Marlene Calumby, de Governo, as atividades retornarão à normalidade nesta terça-feira, 7.

Os agentes comunitários reivindicam aumento do salário base de acordo com o patamar de várias cidades brasileiras: R$ 950. Em Aracaju, segundo o secretário de comunicação do sindicato, Vinícius Ribeiro da Silva, o salário base da categoria está abaixo do valor do salário mínimo: R$ 643,00. O aumento do salário base poderia ser proporcionado sem aumentar despesas do município, segundo o dirigente sindical.

Ele explica que o Governo Federal encaminha para os municípios incentivos para a atividade fixados em R$ 950 por agente de saúde. Estes recursos, em muitos municípios são destinados à complementação do salário base, mas a medida não foi adotada pela Prefeitura de Aracaju, segundo o sindicato. “Em Nossa Senhora do Socorro se paga desta forma, mas em Aracaju a prefeitura não está respeitando”, considera o sindicalista.

Além do aumento do salário base, os agentes comunitários também reivindicam melhores condições de trabalho. Segundo o secretário do sindicato, está faltando material mínimo indispensável para o exercício da atividade profissional no âmbito de Aracaju. “Falta até lápis para a gente fazer as anotações”, comenta Vinícius Silva. “Falta cola, falta ficha de visita, falta boletim para a coleta de informação, que está sendo xerocado pelos próprios agentes, não há balança para aferir o peso das crianças... Falta o mínimo para se realizar as atividades”, considera Vinícius.

Surpresa

A paralisação dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias surpreendeu a secretária municipal de Governo, Marlene Calumby, que recebeu os representantes do sindicato no final da manhã desta segunda-feira, 6, e informou que a prefeitura desconhecia a pauta específica de reivindicações. Ela revelou que os canais de diálogo entre o governo municipal e a categoria estão sempre abertos e que o último encontro com representantes dos agentes aconteceu na semana passada, momento em que a prefeitura apresentou a lei, de iniciativa do Poder Executivo Municipal e aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores, destinando R$ 400 para cada agente comunitário a título de ajuda de custo para aquisição de fardamento.

Marlene Calumby revelou desconhecer estes pleitos específicos da categoria e se comprometeu a encaminhá-los ao prefeito João Alves Filho (DEM). Na próxima quarta-feira, 8, segundo informou ao Portal Infonet, ela estará reunindo representantes das Secretarias Municipais de Administração e de Saúde e da Procuradoria Geral do Município para avaliar a pauta de reivindicações da categoria. “Agora eu não vou ter respostas, mas depois do pleito ser analisado encaminharemos para o prefeito e apresentaremos uma resposta aos agentes”, informou.

O presidente do sindicato, Roberto Messias, informou que a paralisação teria continuidade nesta terça-feira, 7, mas diante do compromisso assumido pela secretária Marlene Calumby, o movimento foi suspenso e os servidores aguardarão o resultado da reunião entre os secretários municipais marcada para a próxima quarta-feira, 8.


Fonte:  Cássia Santana/Infonet - 06/01/2014


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