A Campanha Salarial de Jornais, Revistas, Assessoria de Imprensa da Capital, Litoral e Interior continua a pleno vapor. Na tarde desta sexta-feira (dia 8), a diretoria realizou nova panfletagem na porta do jornal Folha de São Paulo para esclarecer os jornalistas sobre o andamento das negociações. No dia anterior, na quinta-feira, o encontro foi com os jornalistas do Brasil Econômico.

Na Capital, os empresários mantém uma proposta inaceitável, que repõem e a inflação para o piso salarial e para os que ganham até R$ 5 mil (INPC de 6,44%); 5,5% para os que ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil e 5% para acima de R$ 10 mil. Assim, o piso salarial passaria a R$ 2.065,00. Na atividade da Folha, participaram o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São paulo, José Augusto Camargo (Guto), o secretário geral André Freire e os diretores Vladimir Miranda e José Eduardo Souza.


Já no Interior, o engajamento dos jornalistas na Campanha Salarial já trouxe frutos:  os patrões já aceitam reajustar os salários em 7%, pouco acima da inflação do período (6,44%) e também aumentar em até 16,06% (conforme a faixa e o tamanho da empresa) nos valores dos vales-alimentação ou cesta básica. Os demais itens seriam corrigidos em 6,5%. Assim, o piso salarial no Interior sobe de R$ R$ 1.593,00 para R$ 1.704,51. Conforme a faixa, os vales-alimentação ou cesta básica serão elevados de 6,26% (faixa 1), 6,90% (faixa 2) e 16,06% (faixa 3), o que proporciona um aumento médio de 9,47%.


Santos


Quem participou da Cãominhada, no domingo (dia 3), se deparou com os diretores do Sindicato dos Jornalistas fazendo manifestação em prol da Campanha Salarial de jornais e revistas do interior. Foram cinco mil panfletos distribuídos de mão em mão, mostrando a insatisfação com os salários e condições de trabalho dos companheiros de A Tribuna.
Vale lembrar que, no meio da semana, membros da Diretoria Regional de Santos e de São Paulo foram impedidos de entrar na empresa para conversar com a categoria. Porém, a tentativa de inibir a ação sindical fracassou, pois os jornalistas de A Tribuna saíram da redação para ouvir o Sindicato em plena Rua João Pessoa, no Centro da Cidade.  Depois da reunião em A Tribuna, os dirigentes estiveram na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santos, concluindo a ação que visava visitar a maior redação e assessoria da região.    


Jundiaí


Dirigentes do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo estiveram na última quinta-feira (07) em Jundiaí, para reuniões e bate-papo com jornalistas da cidade. Em pauta, a Campanha Salarial 2011, inclusive a última proposta encaminhada pelo sindicato patronal de Jornais e Revistas do Interior, além dos problemas enfrentados no dia-a-dia das redações.


Na cidade,  a direção do Sindicato esteve nas redações dos três jornais da cidade – Bom Dia, Jornal de Jundiaí e Jornal da Cidade – para esclarecer a proposta e avaliar a proposta patronal, além de debater os principais problemas que atingem os jornalistas.


O Plano de Mobilização foi decidido pela reunião do Conselho de Base do Interior e Litoral, realizada no dia 27 de junho passado em Campinas, para pressionar avanços na negociação com os patrões. A proposta inicial das empresas era apenas a reposição da inflação pelo INPC, com reajuste de 6,44% nos salários, piso salarial e benefícios econômicos. Depois de três rodadas de negociação, o reajuste nos salários passou para 6,5%, o vale alimentação teria aumento real maior dependendo da faixa,  mas a PLR seria reduzida em cerca de 80%.


Depois de três rodadas de negociação – com duas propostas rejeitadas na mesa pela bancada do Sindicato – e do sucesso das mobilizações em Piracicaba e Santos, a proposta encaminhada oficialmente pelos patrões avançou um pouco: 7% de reajuste no piso salarial e nos salários (aumento real de 0,5%) e 6,5% de reajuste nos demais benefícios econômicos, além de até 16,06% no vale-alimentação ou cesta básica.


As propostas dos patrões, tanto da Capital como do Interior, continuam aquém das reivindicações da categoria.