Artigo - Defendemos a criação de um programa emergencial robusto

Na quinta-feira (06) o Governo Federal anunciou a medida provisória que concede dois salários mínimos para os trabalhadores afetados pelas enchentes, se mostrando mais uma ação ineficaz que, para o Sindec-POA, soa como um “cala boca” de um Governo que agora se livra de todo o peso da situação como se já tivesse feito muito para manter os empregos.

O valor de dois salários mínimos é uma ajuda paliativa e temporária que não reflete a real gravidade da situação enfrentada por nossos trabalhadores e suas famílias, inclusive sendo um valor abaixo do que muitas categorias recebem, como a do comércio, por exemplo.

Em momentos como esse, a comparação com a pandemia é inevitável, e infelizmente, a situação atual é ainda mais desesperadora. Mesmo assim, durante a pandemia, o governo adotou o programa emergencial que permitiu a manutenção de empregos e garantiu uma renda mínima para milhares de famílias, preservando a estrutura econômica das empresas e, consequentemente, a economia local. Qual o entrave para fazer isso agora?

Defendemos a criação de um programa emergencial robusto, onde as empresas afetadas pelas cheias sejam apoiadas a manter suas folhas de pagamento, com o governo federal contribuindo de maneira significativa. Somente assim poderemos garantir a sobrevivência dos negócios e a dignidade dos nossos trabalhadores.

A situação exige medidas urgentes e eficazes, e não podemos nos contentar com paliativos que não resolvem a crise em sua profundidade.


Nilton Neco
Presidente do SINDEC/POASecretário Nacional de Relações Internacionais da Força SindicalMembro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.