Em 2024, não há mais espaço para tolerar queimadas ou qualquer outra prática que agrida o meio ambiente. O Brasil, com sua vasta riqueza natural, precisa se posicionar com firmeza contra essas ações criminosas. Crimes ambientais, como as queimadas que devastam grandes áreas do país, não podem mais ser tratados como infrações comuns. Trata-se de um verdadeiro atentado contra a sociedade e, por que não dizer, contra a humanidade.
As penalidades para quem comete esse tipo de crime precisam ser drasticamente revisadas. O impacto das queimadas vai muito além do dano local. Ao destruir a Amazônia, por exemplo, a ação criminosa compromete a biodiversidade, o clima e, consequentemente, a qualidade de vida não só dos brasileiros, mas de toda a população global. É um crime contra uma nação inteira e seus recursos, e precisa ser tratado com a gravidade devida.
Estamos vivendo um momento crítico, e a ação imediata é fundamental. Que tipo de futuro estamos deixando para nossos filhos e netos? Na Amazônia, há árvores centenárias sendo destruídas pelo fogo ou pela motosserra, sem qualquer consideração pelos efeitos de longo prazo. Mesmo que houvesse um esforço global de recuperação dessas áreas devastadas, a natureza tem seu próprio tempo para regenerar. E é bem possível que esse tempo seja insuficiente para reverter o processo destrutivo que o ser humano desencadeou.
Essa não é uma preocupação recente. Décadas atrás, figuras como Chico Mendes e Irmã Dorothy dedicaram suas vidas à defesa do meio ambiente e pagaram com a própria vida por essa luta. Marina Silva, hoje Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, também enfrentou o desprezo daqueles que desdenhavam a causa ambiental como algo supérfluo ou impeditivo do desenvolvimento econômico. Na época, os que alertavam para os riscos da destruição ambiental eram taxados de alarmistas. Hoje, os alertas se concretizaram, e a natureza começa a cobrar o preço de décadas de descaso e exploração.
Ainda há tempo para mudar esse cenário, mas é preciso coragem para agir. As leis ambientais devem ser aplicadas com rigor, e as punições para crimes ambientais precisam ser endurecidas. Quem desmata, queima e destrói não está apenas prejudicando o presente, mas comprometendo o futuro de todos nós. E isso não pode mais ser tolerado.
O meio ambiente é o bem mais precioso que temos, e cuidar dele é uma responsabilidade coletiva. Se continuarmos permitindo que a destruição prossiga, as consequências serão irreversíveis. Portanto, é urgente que se tome uma posição mais firme e se implemente medidas eficazes de punição. Cada crime ambiental que ocorre sem punição adequada é um passo a mais rumo a um futuro incerto e perigoso.
Devemos, portanto, defender nossa democracia, pois em regimes ditatoriais, o descaso com o meio ambiente tende a se agravar. Em governos autoritários, as atrocidades ambientais muitas vezes não têm consequências, e o poder se perpetua nas mãos de quem não tem compromisso com o bem comum.
Que este seja um momento de reflexão e, sobretudo, de ação. Vamos exigir que nossos governantes implementem penalidades mais severas para aqueles que desrespeitam nosso meio ambiente. O futuro do planeta, da nossa nação e das próximas gerações depende disso.