Nesta segunda-feira (7) transcorre o primeiro ano do genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza.
A chacina comandada pelo líder da extrema direita sionista Benjamin “Bibi” Netanyahu, um político corrupto acuado pela Justiça, que teme ser deposto e preso e usa o conflito para continuar no governo e evitar a cadeia.
A Faixa de Gaza também registra a destruição de 70% das residências, o deslocamento massivo de 90% de seus habitantes e uma fome generalizada, que castiga 93% da população.
Crime sem castigo
Estamos presenciando um sofrimento imensurável, uma imensa tragédia humana e um hediondo crime contra a humanidade cometido impunemente por forças neofascistas, um crime que segue sem castigo.
Além do genocídio em Gaza, que já ceifou a vida de mais de 42 mil palestinos e palestinas e deixou 96,7 mil feridos, o Estado terrorista de Israel promove a escalada do conflito no Oriente Médio assassinando líderes do Hezbollah, provocando o Irã e bombardeando e invadindo o Líbano.
Transparece na sinistra realidade do Oriente Médio a “vergonhosa incapacidade da diplomacia internacional”, conforme notou e denunciou o Papa Francisco.
A responsabilidade dos EUA
É preciso ressaltar que a impotência das Nações Unidas, cujo secretário geral foi declarado persona non grata pelo governo sionista, tem uma grande causa: os EUA.
A bem da verdade, Israel é a ponta de lança do imperialismo (comandando pelos EUA) no convulsionado Oriente Médio.
O genocídio não ocorreria sem o concurso de Washington. Embora mascarados pela propaganda imperialista, o apoio aos sionistas e a cumplicidade da Casa Branca com a carnificina são traduzidos em fatos incontestáveis.
Diplomacia de duas caras
No meio de uma campanha presidencial, o governo Biden pratica uma diplomacia de duas caras em relação ao genocídio em curso na Faixa de Gaza e aos inúmeros crimes de guerra praticados pelo Estado terrorista de Israel.
Pressionado por jovens do Partido Democrata indignados com o genocídio, o presidente Joe Biden finge estar preocupado com o povo palestino e lidera negociações infrutíferas de paz na região, aparentando contradição com o governo da extrema direita israelense.
De outro lado, mantém e amplia o forte apoio financeiro e militar ao governo genocida, deslocou navios de guerra para o Oriente Médio a fim de proteger Israel e ameaçar o Irã e justificou o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmando que foi uma “medida de justiça”.
É necessário acrescentar que os EUA usam recorrentemente o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir uma tomada de posição mais efetiva do órgão, que teria forças e condições para impor suas resoluções não fosse a sabotagem da maior potência militar do mundo.
Tudo conduz à conclusão de que a irrelevância da ONU é causada deliberadamente pelos Estados Unidos, que são hostis ao multilateralismo e insistem em determinar unilateralmente os rumos da geopolítica global.
Ordem imperialista caducou
O horror promovido pelo Estado terrorista de Israel no Oriente Médio é uma prova, entre outras, de que a ordem capitalista internacional capitaneada pelos Estados Unidos e o chamado Ocidente caducou, está pavimentando o caminho do fascismo e nada mais tem a ofertar à humanidade senão guerras, catástrofe climática, fome e barbárie.
É necessário sepultá-lo o quanto antes e inaugurar uma nova ordem geopolítica capaz de assegurar a paz mundial, o absoluto respeito ao direito dos povos à autodeterminação, a convivência cordial entre as nações e a solução negociada e diplomática, ou pacífica, para seus eventuais conflitos.