O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito em 28 de julho, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares das Nações Unidas (UNFSS+4), realizada na Etiópia. Segundo o relatório apresentado, menos de 2,5% da população brasileira está atualmente em situação de insegurança alimentar — índice considerado abaixo do limite internacional para a classificação de um país em fome.
O resultado representa uma virada significativa em relação aos anos anteriores. Em 2021, cerca de 19 milhões de brasileiros viviam em insegurança alimentar grave. As imagens que tomaram conta dos noticiários e das redes sociais escancararam a dura realidade: longas filas de pessoas à espera de ossos e restos de carne doados por açougues — um símbolo doloroso da crise e do abandono social.
É inaceitável que, em um país com quatro safras agrícolas por ano, com diversidade climática e potencial produtivo imenso, milhares de pessoas tenham sido levadas a buscar comida em caminhões de lixo. Alimentos estragados, contaminados, com risco de doenças graves — um cenário que ultrapassa a tragédia individual e se torna questão de saúde pública. E, enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro zombava da situação em suas transmissões, dizendo que o brasileiro “pula em esgoto e não pega nada”, como se o sofrimento alheio fosse piada.
Vivemos em um país capitalista, é verdade, onde as desigualdades existem. Mas uma coisa é não poder comprar o celular mais moderno; outra, muito mais grave, é não ter o que comer.
A mudança desse cenário se deve a uma série de ações implementadas pelo atual governo, voltadas à segurança alimentar e ao fortalecimento da rede de assistência social. Políticas públicas que tiraram o Brasil da vergonhosa lista dos países onde a fome era uma realidade cotidiana.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) parabeniza o Governo Federal pelo compromisso com a vida e a dignidade do povo brasileiro, e pelo cumprimento de uma de suas principais promessas de campanha: combater a fome e restaurar a esperança.