Artigo - Esperar com esperança

Assim como no atentado terrorista no Rio Centro, em 1981, a bomba de Trump contra  o Brasil explodiu no colo de quem a produzira.

Com a inadmissível interferência em nossa vida democrática, justificando o tarifaço, o bolsonarismo foi desmascarado.

A sociedade brasileira reagiu bem, com preocupação e sem bravatas.

O grande ato organizado pelo diretor da Faculdade de Direito da USP e pelos estudantes do 11 de Agosto, no qual as direções sindicais convidadas se fizeram presentes, marcou de maneira expressiva a posição unitária dos brasileiros contra a absurda tentativa de agredir nossa soberania e nossas instituições. Muitos atos estão previstos para o dia 1º de agosto.

Quanto às tarifas exorbitantes, sem nenhum fundamento econômica racional (porque o Brasil compra mais do que vende aos Estados Unidos) o caminho trilhado tem sido o da busca de negociação – governo, ministros, diplomacia, parlamentares, empresários e trabalhadores – para limitar seus efeitos daninhos.

Se confirmadas as tarifas em 1º de agosto seus efeitos serão graves, mas circunscritos a setores específicos – melhor seria dizer, a empresas específicas, dado o levantamento das exportações – e as medidas previstas em contrapartida estão sendo elaboradas pelo governo e acompanhadas de perto pelas direções sindicais, preocupadas pelos estragos que causarão no emprego dos trabalhadores brasileiros (com a experiência adquirida durante a pandemia e os desastres climáticos).


João Guilherme Vargas Netto
É membro do corpo técnico do Diap e consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.