Artigo - Juros altos travam o Brasil e penalizam quem produz

Os juros altos são hoje um dos maiores entraves ao desenvolvimento do Brasil. Uma taxa Selic de 15% ao ano não é apenas um número técnico: é uma escolha que define o rumo do País e o destino de milhões de famílias. Quando a política monetária opta por manter esse patamar absurdo, ela desestimula investimentos, paralisa obras, encarece o crédito e impede que a economia respire.

Na vida real, isso significa menos empregos, menos renda, menos produção e mais desigualdade. Significa:

  • pequenos negócios fechando as portas porque não conseguem financiar suas operações;
  • trabalhadores endividados pagando juros extorsivos no cartão, no cheque especial ou em empréstimos básicos;
  • famílias inteiras adiando sonhos porque o acesso ao crédito se tornou inviável.

O Brasil é um país com potencial gigantesco, com uma classe trabalhadora que movimenta a economia diariamente. Mas esse potencial está sendo sufocado por uma política de juros que só interessa ao sistema financeiro. Enquanto os bancos acumulam lucros bilionários, quem produz, quem gera riqueza e quem sustenta o país é penalizado.

Reduzir a Selic não é favor — é necessidade urgente! Um país que deseja crescer precisa de crédito acessível, investimento produtivo, indústria forte, obras avançando e comércio aquecido. Juros altos travam tudo isso. Impedem que empresas contratem, que estados e municípios invistam e que a população recupere seu poder de compra.

Por isso estamos nas ruas, mobilizados ao lado das centrais sindicais. Defender juros mais baixos é defender a economia real, o emprego, a renda e a dignidade do povo brasileiro. Queremos um Brasil que coloque o desenvolvimento acima dos interesses do mercado financeiro.

Reduzir a taxa Selic é o primeiro passo para destravar o País, retomar o crescimento e garantir um futuro de oportunidades para quem realmente constrói essa nação: os trabalhadores.


Eduardo Annunciato - Chicão
Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente – FENATEMA e do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo – STIEESP

 

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