A ECT respondeu na tarde da última sexta-feira (6), por meio de um ofício, o pedido que foi feito pelo Sindicato de abertura de negociação da PLR através de comissão paritária.
Os Sindicatos filiados à FINDECT exigirão uma PLR justa já que os Correios registraram R$ 3,7 bilhões de lucro, bem como buscará garantir uma PLR isonômica para todos os trabalhadores.
R$ 3,7 bilhões de lucro em 2021 é recorde nos últimos 22 anos e leva a empresa a voltar a pagar dividendos ao governo depois de 8 anos. Não é pouca coisa. Principalmente se somados aos lucros dos últimos anos que ultrapassaram os R$ 6 bilhões.
No documento enviado ao SINTECT-SP, a empresa informou que com base no item I do ART 2° da lei 10.101, dará início às negociações e solicitou a indicação de dois representantes dos Sindicatos filiados à FINDECT para compor a mesa paritária.
Art. 2° – A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:
I – comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria;
Lucro recorde poderia ter sido muito maior
O Sindicato alerta que os Correios estão lucrando muito menos do que podem. Se tivesse reaberto todas as unidades fechadas, bem como deixá-las bem estruturadas, com maquinário e frota em dia e ampliado o quadro funcionários, esse lucro seria estratosférico e o serviço prestado à população de uma excelência sem igual.
Principalmente quando se observa o aumento do comércio eletrônico, que veio para ficar, como pode ser visto nos balanços financeiros da ECT, que citam grande avanço na receita do segmento de encomendas e no segmento internacional.
É hora de somar forças por uma PLR justa para todos!
O SINTECT-SP e demais sindicatos filiados à FINDECT entendem que a mesa única de negociação, com todos os sindicatos da categoria de Correios, se tornou ainda mais necessária, para unificar a luta por uma PLR que atenda aos anseios da categoria, já que a categoria vem prestando um serviço extremamente essencial para a população durante toda a pandemia, inclusive tendo várias baixas por conta dessa grave doença.
Não aceitaremos valores rebaixados, nem mesmo um regramento que beneficie apenas os cargos do alto escalão, em detrimento aos demais trabalhadores.