Notícia - Trabalhadores do CREA SP entram em greve em todo o Estado

Os funcionários do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo – CREA SP entraram em GREVE nesta segunda-feira (4). A paralisação atinge todas as unidades do CREA SP em todo o Estado. O Conselho conta hoje com 670 funcionários em todo o quadro. A greve deflagrada nesta segunda-feira é consequência da proposta apresentada pelo Conselho, de só reajustar os salários em 4% quando a perda inflacionária do período chega aos 12,47%.

O Sinsexpro, sindicato representante da categoria, afirma que desde 2020 os funcionários do CREA SP só conseguem reajuste salarial e manutenção de benefícios se enfrentarem batalhas judiciais. A inflação de 2020 não foi inteiramente reposta aos salários; em 2021 o Conselho suprimiu vários direitos, que só voltaram a ser honrados por determinação da Justiça do Trabalho. A correção inflacionária de 2021 também foi determinação judicial. E agora, em 2022, o CREA SP oferece 4% dos 12,47% de inflação do período.

Mas não é SÓ pela reposição da inflação nos salários que os trabalhadores do CREA SP estão em greve. Embora o Plano de Cargos e Salários, o abono anual deferido pela Justiça do Trabalho, as arriscadas condições de trabalho frente à Covid 19 e várias outras mazelas também atinjam o quadro de funcionários, há ainda outras batalhas, inclusive na defesa dos profissionais que o sistema alcança.

Há denúncias de que o CREA SP não estaria honrando a lei do salário mínimo dos engenheiros no seu próprio quadro funcional. Os Acervos Técnicos dos profissionais do sistema são ANALISADOS por funcionários contratados como agentes administrativos PARA NÃO SEREM PAGOS COMO ANALISTAS. Estas funções, inclusive, foram discriminadas nos editais de concurso público.

Os Agentes Fiscais enfrentam uma carga desumana de trabalho nas Forças Tarefa, também para alimentar a obsessão por propaganda daquilo que, ao final, é obrigação do Conselho de Fiscalização. A propaganda da sua atividade leva o Conselho a contratações de empresas que só atuam num mercado de altos custos. É grande o fluxo de entrada e saída de profissionais comissionados, sem compromisso com a administração do CREA SP , cujas “passagens” pelo Conselho resultam em altos valores de rescisão.

Nesta atual gestão, os funcionários do CREA SP só ouviram falar em inovação, planejamento e valorização, mas é fácil constatar que cerca de 30% do orçamento está comprometido com pessoal, quando até o Tribunal de Contas da União admite um teto de investimento em pessoal de 50%. Esses números fazem ver que os FUNCIONÁRIOS NÃO TÊM VALOR PARA A ATUAL DIREÇÃO DO CREA SP.


Fonte:  Sinsexpro - 04/07/2022


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