Um dos principais aliados de Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), ameaçou retomar a votação da Reforma Administrativa (PEC 32) durante entrevista à emissora Globo News, na segunda-feira (3).
Segundo Lira, ainda há tempo para discutir a pauta que pode por fim ao serviço público no Brasil neste ano. A matéria que também contém graves ataques ao funcionalismo pode voltar à tona já na próxima semana.
Membro do chamado Centrão, Lira foi reeleito para mais um mandato na Câmara. O bolsonarista também afirmou que o congresso continuará liberal e reformista, com a Câmara preparando mudanças também nas leis tributárias.
Em defesa do serviço público
A luta contra a PEC 32 e a manutenção do serviço público ao povo brasileiro teve início em abril de 2020. Em 2021, com o crescimento da vacinação contra a covid-19, a mobilização esquentou.
Uma série de atos ocorreu em Brasília (DF) e em todo o território nacional. A luta organizada pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), com a participação da CSP-Conlutas, foi uma das maiores registradas em todo o governo Bolsonaro.
Após três meses de forte mobilização, a tramitação da Reforma Administrativa foi suspensa. No entanto, durante a Campanha Salarial de 2022, os servidores seguiram exigindo o arquivamento da proposta.
Principais ataques
A PEC 32 traz inúmeras mudanças nas leis que atualmente regem a administração pública. A realização de concursos públicos e a necessária estabilidade aos servidores são exemplos do que está sob ameaça.
De uma só vez, o conjunto de ataques previstos na Reforma Administrativa tem o objetivo de precarizar os direitos dos trabalhadores e, acima de tudo, prejudicar o atendimento à população, que poderá ficar sem os serviços gratuitos, mesmo na Saúde e Educação.
Todo repúdio
É preciso denunciar o oportunismo do governo Bolsonaro e seu fiel serviçal Lira, que mesmo durante o processo eleitoral, quer continuar atacando a classe trabalhadora brasileira, com mais ataques aos direitos e ao serviço público. Basta!