A terça-feira (25) começou com greve dos trabalhadores da Atlas Schindler, na zona sul de São José dos Campos. Eles pararam as atividades por tempo indeterminado para exigir da empresa aumento real de salário e direitos.
Os metalúrgicos reivindicam no mínimo 10% de reajuste salarial, além de vale-alimentação de R$ 300, vale-refeição de R$ 31,50 por dia, redução no valor do plano de saúde e renovação das cláusulas sociais previstas no acordo coletivo.
O Sindicato já realizou três reuniões de negociação com a empresa, porém ainda não houve avanços na proposta patronal. A Atlas oferece 8,83% de reajuste, que representa apenas a reposição da inflação da data-base (1º de setembro).
Os trabalhadores rejeitaram a proposta, em assembleia virtual, para pressionar a empresa. Como o aviso de greve já estava protocolado, eles decidiram iniciar hoje a paralisação.
“Os companheiros da Atlas estão mobilizados em busca do que é deles por direito. Estamos em um período de inflação em alta, principalmente no preço dos alimentos. Além do aumento real, o reajuste dos vales é fundamental para complementar a renda nesse momento. Exigimos uma proposta melhor da empresa. Caso contrário, a greve vai continuar”, disse o diretor do Sindicato Cristiano Souza.
Além das negociações da Campanha Salarial, o Sindicato luta na Justiça pelo pagamento de adicional de periculosidade e insalubridade aos operários da Atlas.
A empresa tem 40 trabalhadores, que atendem cidades do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. Eles fazem manutenção de elevadores e escadas rolantes.