A FETQUIM (CUT – Intersindical- Unidos para lutar) continua na luta permanente contra toda e qualquer substância química reconhecidamente cancerígena, e principalmente contra o amianto, até porque temos uma legislação estadual em São Paulo e da cidade de São Paulo proibindo  o amianto crisotila provocador de mesotelioma ( tipo de câncer pulmonar).

Para Airton Cano, coordenador da Fetquim, “precisamos alertar permanentemente os trabalhadores quanto aos riscos e nossa ação é continuar proibindo o uso de amianto em qualquer local de trabalho para preservação da saúde dos trabalhadores”.

André H. Alves, Secretário de Saúde da Fetquim, recorda “ Essa luta de proibição do Amianto é de todos os trabalhadores no Brasil. Não podemos transigir e a saúde dos trabalhadores  está em primeiro lugar. A decisão do  STF deve ser respeitada, e reconhecemos o trabalho importante da ABREA”.

A ABREA ( A Associação Brasileira dos expostos ao amianto), tem lutado e continua lutando pela indenização há anos e contra a morte de trabalhadores expostos a essa fibra assassina  em todo o Brasil.

O Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, e tem reiterado em 23 de  fevereiro de 2023 a posição de proibição da utilização do Amianto.   O STF considerou válidas cinco leis estaduais ( entre as quais SP, PE, RJ,RGS e uma municipal da cidade de São Paulo)  que restringem e  impedem a extração e o uso do amianto crisotila para produção de qualquer tipo de material. Também  foi declarada a inconstitucionalidade da lei federal que permitia a extração, a industrialização, a comercialização e a distribuição da fibra mineral no Brasil. O STF considerou que o  amianto é cancerígeno e a impossibilidade de seu uso de forma efetivamente segura, além da existência de matérias-primas alternativas.

Remígio Todeschini, Diretor de Difusão de conhecimento em SST da Fundacentro, alerta que o “ amianto é uma fibra que pode levar os trabalhadores expostos até a  morte, provocando asbestose (danos pulmonares), câncer do pulmão e mesotelioma maligno ( membrana que reveste os pulmões) entre outros danos à saúde. Daí a necessidade da proibição permanente do amianto no Brasil , e um trabalho permanente de  educação aos trabalhadores quanto aos riscos e cuidados no processo de desamiantagem ( retirada por exemplo,  de telhas de amianto e de  revestimentos na construção civil  com presença de amianto)”.

Material quanto aos riscos do amianto e o processo de desmiantagem podem ser consultados no site da Fundacentro com a publicação recente de 2023 intitulada:  “Desamiantagem – o que você precisa saber: trabalhar com materiais contendo amianto”/ ArturCarlos da Silva Moreira …[et al].