Notícia - Greve dos servidores públicos federais em Educação ganham força com adesão do Sinasefe

Não há mais volta. Diante de tanto descaso do governo Lula com os servidores, a categoria aumentou a temperatura das mobilizações e a força das greves em todo o país que inauguram uma importante luta contra a política do arcabouço fiscal. 

No domingo (17), foi a vez dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, organizados pelo Sinasefe, aprovarem greve em assembleia, a partir do dia 3 de abril.

"A greve foi motivada pela recusa do governo Lula recompor as perdas salariais e reestrutar as carreiras de técnicos administrativos e docentes. Até agora nas mesas de negociações, tanto de recomposição salarial e reestruturação não apresentou propostas que atendam os interesses dos servidores. Na mesa de recomposição salarial apresentou proposta para 2025 e 2026. Sendo reajuste zero para 2024", explica Sergio Ribeiro - direção do SINDSCOPE - sindicato dos servidores das colégio Pedro II do RJ.

Com isso a categoria se junta à greve nacional dos Técnicos-Administrativos das Instituições de Ensino Superior (TAEs) que, organizados pela Fasubra, já cruzaram os braços em mais de 80% das Universidades Federais, desde a segunda-feira (11). 

O movimento crescente do funcionalismo ainda pode contar com a adesão dos professores das Universidades Federais. Os companheiros e companheiras já aprovaram no Congresso do Andes-SN (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior - Sindical Nacional) a construção de uma greve que, impulsionada pelo momento efervescente, precisa ocorrer o quanto antes.

A luta dos servidores públicos federais é uma resposta às ações do governo federal. Desde a retomada das Mesas Nacionais de Negociação, o que impera nas reuniões é a enrolação e a cara de pau de uma administração que chegou a oferecer 0% de reajuste. 

Na última rodada de negociação, em fevereiro, o índice de 9% foi proposta, sendo este dividido em duas vezes: 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Porém, o valor estaria atrelado à arrecadação. Efeito direto do Arcabouço Fiscal, que amarra os gastos públicos para garantir o pagamento da Dívida Pública.

Ou seja, o que Lula e sua equipe estão priorizando é enviar todo dinheiro arrecadado para o bolso dos megaempresários e banqueiros, enquanto o funcionalismo público amarga anos a fio de perda no poder de compra.

"O tratamento do Governo Lula é desrespeitoso e aposta no desgaste da mobilização dos servidores para não atender suas reivindicações. Age como um gerente dos interesses do mercado financeiro, e da política neoliberal", afirma Sérgio.

Reivindicações

Além do reajuste salarial que recomponha as perdas dos últimos anos, os servidores reivindicam a reestruturação dos Planos de Carreira e a recomposição dos orçamentos das Universidades e Institutos Federais que vêm sofrendo com cortes e restrições há anos.

A revogação dos atos administrativos que foram criados ainda no governo Bolsonaro e que precarizam o trabalho da categoria também está na pauta, que também abriga a luta contra a Reforma Administrativa.

Todo apoio

A CSP-Conlutas reitera seu apoio às greves capitaneadas pela Fasubra e o Sinasefe. O crescente movimento entre os servidores deve ser o estopim de uma luta em conjuto das demais categorias do funcionalismo.

Além dos reajustes nos salários e as melhorias nas carreiras, é preciso unificar todos no combate à política do Arcabouço Fiscal e contra qualquer projeto de Reforma Administrativa do governo.

Defender as pautas do funcionalismo é apoiar a luta por um melhor atendimento à população. Chega de priorizar os interesses dos ricos e poderosos. O governo Lula deve atuar para atender os interesses da classe trabalhadora.


Fonte:  CSP-Conlutas - 19/03/2024


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