Notícia - Centrais sindicais se manifestam sobre eleições na Venezuela

Desde domingo, a América Latina está envolta com as eleições na Venezuela, que criou grande polêmica com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciando a vitória de Nicolás Maduro ainda no domingo à noite. A oposição logo se manifestou dizendo que não era verdade e desde então não sabe quem é o vencedor.

Vários países pedem que as atas eleitorais sejam divulgadas para confirmar a lisura do processo de contagem de votos, por esse motivo criou a dúvida sobre o resultado eleitoral. Brasil, México e Colômbia pedem que as atas sejam divulgadas. 

Aqui no Brasil, as centrais sindicais CUT, CSB e Força Sindical divulgaram uma nota sobre o processo eleitoral na Venezuela onde reafirma o seu “compromisso histórico com a autodeterminação dos povos e a cooperação e integração latino-americana”.

A Centrais Sindicais continuarão solidárias aos nossos companheiros e companheiras das Centrais e entidades de trabalhadores da Venezuela, apoiando suas legítimas demandas nos fóruns multilaterais e nos espaços e organizações do movimento sindical internacional”, diz a nota.

Confira a nota na íntegra:

 

Eleições na Venezuela: respeito à soberania e à autodeterminação dos povos

As Centrais Sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) saúdam os trabalhadores e as trabalhadoras venezuelanos pela realização soberana e democrática da eleição presidencial realizada no último dia 29 de julho.

Reafirmamos nosso compromisso histórico com a autodeterminação dos povos e a cooperação e integração latino-americana.

Manifestamos repúdio às sanções unilaterais contra o país que podem levar à polarização e incitar a violência e reafirmamos as palavras do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que disse “é preciso acabar com a ingerência externa nos outros países” e que “a Venezuela tem o direito de construir o seu modelo de crescimento e de desenvolvimento sem que haja um bloqueio”.

Apoiamos também a posição do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que criticou o intervencionismo de países estrangeiros e da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o resultado eleitoral da Venezuela, e do ex-presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que pediu que eleições terminem pacificamente, com um escrutínio transparente, e que Estados Unidos retirem o embargo econômico contra a Venezuela.

A Centrais Sindicais continuarão solidárias aos nossos companheiros e companheiras das Centrais e entidades de trabalhadores da Venezuela, apoiando suas legítimas demandas nos fóruns multilaterais e nos espaços e organizações do movimento sindical internacional.

Os sindicatos venezuelanos são peça-chave na recuperação econômica do país e na luta por empregos decentes, salários justos e direitos sociais e trabalhistas – o que exige o pleno respeito à liberdade sindical, à negociação coletiva e ao diálogo social.

São Paulo, 31 de julho de 2024

 

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Antônio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)



Fonte:  Redação Mundo Sindical - Manoel Paulo - 01/08/2024


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