Após sete dias de greve, os trabalhadores da Winnstal, na zona sul de São José dos Campos, conquistaram aumento real de salário. Eles aprovaram o acordo em assembleia, nesta segunda-feira (21), quando também encerraram a paralisação.

A proposta foi aprovada após reunião entre o Sindicato e a direção da empresa, nesta manhã. O acordo prevê 5,75% de reajuste salarial retroativo a 1º de setembro. O percentual corresponde a 3,71% de reposição da inflação da data-base mais cerca de 2% de aumento real.

Os metalúrgicos da Winnstal também conquistaram reajuste de 8,3% do vale-refeição, que passou de R$ 30 para R$ 32,50 por dia, além de abono salarial de R$ 500, que será pago em novembro. As cláusulas sociais foram renovadas por dois anos.

Os dias de greve serão abonados e todos os trabalhadores terão 90 dias de estabilidade no emprego. 

Mobilização

A greve na Winnstal teve início no dia 15, após os metalúrgicos rejeitarem, pela terceira vez, a proposta de acordo feita pela empresa. Na ocasião, a direção da fábrica ofereceu 5% de reajuste salarial, índice abaixo do reivindicado pelos trabalhadores.

Como o aviso de greve já tinha sido aprovado, no dia 8, os metalúrgicos decidiram iniciar a paralisação, para exigir reabertura das negociações, que começaram há cerca de um mês.

“Os trabalhadores da Winnstal mostraram que a mobilização é o melhor caminho para conquistar aumento real e direitos. Sem a greve, a fábrica teria aplicado aos salários apenas a reposição da inflação, sem qualquer melhoria. A pressão e a insatisfação dos metalúrgicos é que trouxeram esses resultados”, afirma o diretor do Sindicato Cristiano Souza.

A Winnstal faz usinagem, montagem e pintura em peças de alumínio especial para a Embraer. A fábrica emprega cerca de 100 pessoas.