A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifesta total apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala de trabalho 6×1 e reduzir a jornada semanal no país. A iniciativa, encabeçada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), propõe não apenas eliminar o modelo que concede apenas um dia de folga por semana, mas também adotar uma jornada de quatro dias de trabalho.
Adilson Araújo, presidente da CTB, destaca que a redução da jornada de trabalho é uma bandeira histórica da classe trabalhadora, com benefícios que se estendem a toda a sociedade. “Trata-se de um objetivo estratégico que estimula a economia, aumenta a produtividade do trabalho e reduz a incidência de doenças ocupacionais como o burnout”, afirma.
Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, ressalta os benefícios da redução da jornada: “O fim da escala 6×1 permitirá que os trabalhadores e trabalhadoras possam equilibrar de forma mais adequada vida pessoal, trabalho, descanso e autocuidado”. Ele também aponta que jornadas mais curtas tendem a aumentar a produtividade e criatividade dos trabalhadores.
A CTB argumenta que a redução da jornada de trabalho pode trazer diversos benefícios significativos. Primeiramente, há uma melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, que poderão dedicar mais tempo ao descanso e ao autocuidado, resultando em um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional. Além disso, jornadas mais curtas têm demonstrado aumentar a produtividade e ganho das empresas. Menos horas trabalhadas podem levar a um maior foco e motivação.
Outro impacto positivo é a redução das doenças ocupacionais e dos transtornos mentais associados ao estresse e à fadiga gerados por jornadas excessivas. A diminuição das horas trabalhadas também pode contribuir para a criação de novas vagas de emprego, já que as empresas precisarão contratar mais trabalhadores para cobrir as horas reduzidas. Por fim, essa mudança pode estimular a economia na totalidade ao permitir que os trabalhadores tenham mais tempo para consumir e participar ativamente da sociedade.
Apesar do apoio crescente, a proposta ainda enfrenta desafios. Para ser aprovada, a PEC precisa passar por um rigoroso processo legislativo, incluindo votações em dois turnos tanto na Câmara quanto no Senado, com aprovação de pelo menos três quintos dos parlamentares em cada casa.
A CTB e seus sindicatos filiados continuarão a defender ativamente essa pauta, buscando o diálogo com diferentes setores da sociedade. “Queremos que o Congresso Nacional paute este tema, convocando também trabalhadores e setores patronais para debater esta temática tão urgente e necessária”, conclui Márcio Ayer.