O Sindicato retoma, nesta terça-feira (19), às 16h, as negociações com representantes do possível comprador da Avibras Indústria Aeroespacial. Estará em discussão a pauta de reivindicações dos trabalhadores da fábrica, que estão com 19 salários em atraso. Na reunião, o representante do possível investidor deve apresentar uma contraproposta ao Sindicato.
Na primeira reunião, ocorrida dia 8, o nome do interessado em comprar a Avibras não foi divulgado. Ele foi representado por Carlos Fortner. Para o encontro desta terça, o Sindicato vai cobrar transparência na negociação e que o nome seja revelado. Essa informação é considerada de grande relevância pelos dirigentes do Sindicato, já que estão em negociação o futuro da Avibras, os empregos e a regularização salarial.
O Sindicato já apresentou, na reunião anterior, quais são as reivindicações dos funcionários. Agora, cabe à outra parte responder se a pauta será acatada. Os trabalhadores estão em greve há 26 meses e só voltarão à fábrica se tiveram suas exigências atendidas, seja pela atual direção da Avibras, seja pelo futuro acionista.
Acesse aqui vídeo que mostra o drama dos trabalhadores.
As reivindicações incluem:
- pagamento de todos os salários e multas na íntegra;
- volta imediata do plano de saúde para todos os funcionários;
- garantia de permanência por no mínimo 10 anos na região, em compromisso a ser assinado com os governos federal, estadual e municipal, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Ministério Público Federal;
- divulgação dos valores devidos para cada trabalhador, incluindo salários e multas;
- estabilidade no emprego por um ano para os atuais trabalhadores.
“A transparência é fundamental nessa negociação. Não podemos continuar negociando sem saber quem está do outro lado. A Avibras não é uma empresa qualquer. Estamos falando de uma indústria bélica. Além disso, esperamos que nesta segunda reunião esse provável comprador já apresente uma proposta concreta para regularizar os salários de todos os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.