A FUP e seus sindicatos estão participando da Cúpula Social do G20, no Rio de Janeiro, que reúne ativistas e movimentos sociais do Brasil e de vários outros países com o objetivo de debater e apontar caminhos para questões que são estruturantes para a humanidade, como o futuro do trabalho, o combate à fome e às desigualdades, o enfrentamento à crise climática, a transição energética justa e mudanças na governança global.
Na quinta-feira, 14, primeiro dia do G20 Social, as lideranças petroleiras, em conjunto com as outras organizações que integram a Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia (POCAE), tiveram um espaço de destaque nas atividades autogestionadas com um painel que teve como tema a “Transição energética justa, soberana e popular para o desenvolvimento sustentável da humanidade”. O debate contou com a contribuição do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), do Dieese, do MAB, do MPA, do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), da CUT, da CTB, da CNTE, do MTST, do MST, do Sinpaf Solos e da Marcha Mundial das Mulheres.
A atividade discutiu a transição energética democrática e inclusiva, a partir de olhares diversos, tanto das organizações sindicais, quanto dos movimentos sociais, que representam os territórios que já estão sendo impactados pela crise climática. O debate apontou que a transição justa passa necessariamente pelo envolvimento dos trabalhadores e das comunidades na formulação de propostas e, sobretudo, pela escolha do modelo de desenvolvimento nacional.
“De qual transição energética estamos falando? Para que haja um projeto de desenvolvimento que seja solidário, justo, inclusivo e popular, a transição precisa ser apropriada pelos trabalhadores e pelos Estados nacionais”, afirmou Soniamara Maranho, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Tanto ela, quanto as demais lideranças que participaram do painel frisaram que a transição energética justa precisa servir ao desenvolvimento sustentável da humanidade e não aos interesses do sistema capitalista.
Também foi enfatizado que o processo de transição pode ser uma grande oportunidade para reduzir as desigualdades sociais, mas que para isso, é preciso que ocorra de forma soberana e popular, pois o modelo que a Europa e os Estados Unidos querem impor aos países do Sul Global não interessa ao povo brasileiro.
“A transição energética para ser justa, para ser soberana, para ser popular, para ser inclusiva precisa necessariamente que a Petrobrás e o governo federal ouçam os movimentos sociais, os movimentos sindicais, os movimentos populares”, reforçou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
O texto completo pode ser lido no site da FUP (clique aqui)